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[insert_title title_left="Santa Águeda" /]
[big_first_char_text]Santa Águeda (ou Ágata) é uma mártir dos primeiros séculos da Igreja. A arqueologia confirma em grande medida a antiguidade do culto de devoção tributado a essa santa. Ela teria nascido por volta do ano 235 na cidade de Catânia, no sul da Itália. Nesse período, o cristianismo estava sob perseguição. O direito romano dessa época previa que os cristãos poderiam ser denunciados e levados para a autoridade, com a finalidade de que eles fizessem a abjuração pública da fé cristã. Aqueles que se recusassem em rejeitar sua fé, eram torturados e depois assassinados. De um ponto de vista político, com essa metodologia, as autoridades romanas tentavam produzir a maior quantidade possível de apóstatas: visavam enfraquecer a fé cristã, pois - assim pensavam -, em pouco tempo o culto cristão deixaria de existir dentro do império. Catânia, mesmo na época de Águeda, era uma cidade considerável, a ponto de possuir um governador romano; seu nome era Quinciano, homem descrito como soberbo e arrogante. Conforme a narrativa, Águeda pertencia a uma rica e nobre família local que professava a fé cristã. Quando completou a idade de quinze anos, Águeda sentiu em seu coração o chamado para se consagrar totalmente a Deus. O bispo da cidade acolheu seu pedido e a fez ingressar no rol da virgens consagradas. Ela era uma moça muito bonita e as fontes dizem que quando o governador da cidade a conheceu, começou a arder de paixão pela menina, desejando-a em seu coração. Apesar de tentar seduzi-la por diversas vezes e modos, Águeda permaneceu firme em seu voto de fidelidade a Deus e ao Cristo. Diante da recusa da moça, Quinciano transformou sua paixão em fúria: sabendo que ela era cristã, iniciou um processo contra Águeda. Arrastada perante as autoridades, após um interrogatório, começam as torturas brutais. Chegaram a arrancar-lhe os seios – por esse motivo, em geral, santa Águeda é representada com dois seios sobre um pequeno prato – e os sofrimentos que experimentou foram atrozes. Apesar de tudo Águeda, por amor a Deus, suportava tudo com resignação. Durante a noite, após a terrível sessão de torturas, ela foi jogada no cárcere: são Pedro lhe apareceu acompanhado por um menino e a horrível ferida em seus seios é milagrosamente curada. Após alguns dias no cárcere, arrastada novamente perante o governador Quinciano este fica maravilhado pela cura milagrosa; em vez de reconhecer a ação de Deus, Quinciano, agora com mais ódio, ordena que Águeda seja queimada viva. Diz-se que no momento em que Águeda era queimada viva, um fortíssimo terremoto abalou todas as estruturas da cidade. Em meio às cinzas de seu corpo, segundo a tradição, o véu que ela trazia não foi consumido pelas chamas, tornando-se uma relíquia que a comunidade cristã passou a usar como proteção contra as erupções do vulcão Etna. Uma das últimas vezes que essa relíquia foi usada, foi na erupção do ano 1886: nesse ano, o arcebispo de Catânia saiu em procissão suplicando a intercessão da santa para que a cidadezinha de Nicolosi fosse poupada da erupção, coisa que de fato ocorreu.
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