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Seu martírio ocorreu no dia 16 de setembro de 303. Já Astério, bispo de Amaseia no quarto século, em uma de suas homilias assegura a existência de um culto a Santa Eufêmia. Ela era filha de um senador e morava em Calcedônia (no que seria hoje Istambul). Convertida ao cristianismo, sofreu com as perseguições que ocorriam com frequência. De fato, o governador da Calcedônia, seguindo ordens do Imperador, emitiu um decreto em todos os habitantes estavam convocados a prestar sacrifício para os deuses. Sendo cristã, Eufêmia se negou em participar das cerimônias. Encontrada com outros cristãos, foi presa e levada ao tribunal. Conforme a prática romana, foi enviada para as torturas, na expectativa que mudasse de ideia. Mantendo-se firme, ao que parece, foi enviada para a arena. Terá morrido vítima dos golpes de um urso selvagem. Outras fontes apresentam seu martírio de maneira diversa: ela teria sido queimada viva. A ela é atribuído um milagre durante o Concílio de Calcedônia: em meio aos debates sobre o credo na Pessoa de Cristo (se seria verdadeiro homem e verdadeiro Deus) a santa assembleia havia chegado num impasse. Por sugestão do Patriarca de Constantinopla, resolveu-se deixar a decisão nas mãos do Espírito Santo e na intercessão de Santa Eufêmia. Decidiram colocar as confissões de fé por escrito dentro do túmulo de Santa Eufêmia. Após orações e jejuns, na expectativa de alguma manifestação, ao abrirem o túmulo, a confissão de fé ortodoxa estava na mão direita do esqueleto da santa, ao passo que a confissão de fé monofisita, heterodoxa portanto, se encontrava aos pés de seu corpo. O milagre deixou toda a assembleia de bispos boquiaberta e, ao mesmo tempo, revelou-se a fé ortodoxa a ser seguida.
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