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Bem-aventurada Celestina Donati

Fundadora (†1925)

MAN

Public Domain

Santo do dia

Descendente de uma antiga e rica família da cidade de Florença, Itália, Maria Ana é a filha caçula da família. Nascida em 1848, seu pai e funcionário de uma casa da nobreza italiana e exerce a função de Juiz. Em virtude da profissão, a família se vê obrigada a contínuas transferências por várias localidades da Itália. Maria Ana, apesar das contínuas mudanças de casa, cresce amparada por uma piedade extraordinariamente madura. Aos poucos vai percebendo que, apesar de possuir tudo – amor, carinho da família, bens materiais, boa educação etc. – sente um vazio muito grande, e esse vazio, é na verdade um chamado que Deus vai fazendo ao seu coração. Após um período de reflexão e discernimento sente que sua vocação é a vida religiosa, mas diante da contrariedade de seu pai, decide obedecer a vontade paterna. É assim que até a idade de 41 anos Maria Ana cumprirá fielmente seus deveres de filha. Nada é por acaso. Durante esse longo tempo de espera, pôde ser acompanhada pelo Padre Celestino Zini – religioso escolápio – que, por sua vez, lhe inculcou o carisma do fundador de sua congregação: São José de Calazans, considerado o padroeiro das escolas cristãs. É assim que, agora livre para seguir sua vocação, Maria Ana percebe que deve se lançar no âmbito da educação: começa abrindo uma escola gratuita para moças pobres, pois percebe claramente que a ignorância era uma arma que deveria ser combatida para que as moças não caíssem prisioneiras da exploração. Diante das necessidades de seu tempo, se vê impelida a fundar as “Filhas pobres de São José de Calazans” um projeto nascido da necessidade que contará com a aprovação eclesiástica. Com a fundação do pequeno grupo de religiosas Maria Ana emitirá os votos e receberá o novo nome de Irmã Celestina. A atenção de Irmã Celestina logo se voltará às mais moças mais necessitadas de seu tempo: as filhas dos detentos que, além da miséria financeira, sofriam todo tipo de abuso, experimentando uma grande miséria moral. Sua atividade, no entanto, surtiu num primeiro momento escândalo na sociedade, que não via o porque de uma congregação se dedicar a gente como essa, excluída totalmente da sociedade. Aos poucos, e com muita paciência, Irmã Celestina vai convencendo personagens importantes que, com seus bens, vão colaborando à obra dessa incansável irmã. Para ela, filha de um juiz, era um golpe duro ficar muitas vezes “fora da regra”: contas para serem saldadas eram uma constante em sua vida, tudo em favor dos pobres. Apesar da falta de dinheiro crônica Irmã Celestina não cessa de lutar pelos seus pobres. No dia 18 de março de 1925, Madre Celestina Donati, após não medir esforços em prol dos pobres entregou sua alma a Deus. Sua obra, no entanto, continua viva para além das fronteiras italianas: suas irmãs estão presentes também no Brasil e na Romênia, sempre trabalhando em favor da educação daqueles que nada tem.

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