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São José Oriol

Presbítero espanhol (†1702)

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Africa Studio|Shutterstock

José Oriol Boguna nasceu no dia 23 de novembro de 1650, em Barcelona, Espanha. Sua família era de condição modesta. Seu pai era tecelão e morreu seis meses após seu nascimento. Dois anos depois, sua mãe contraiu novas núpcias e o padrasto se apegou ao menino como a um filho. Confiou a educação de José ao pároco de Santa Maria del Mare para que recebesse educação musical e religiosa, além da educação primária para dar continuidade à sua futura formação. Desempenhando o papel de sacristão junto ao pároco, desenvolveu grande sensibilidade pela presença real de Cristo na Eucaristia. Após um período de dificuldades econômicas, por parte de sua família, recebeu ajuda de alguns benfeitores e conseguiu concluir os estudos universitários. Aos 23 anos obteve o grau de Doutor em Teologia, pela Universidade de Barcelona, mas continuou a estudar teologia moral e judaica.
Foi ordenado, em 1676, e para atender às necessidades da mãe, tornou-se tutor dos filhos da rica família Gasnieri, indo morar com eles. No ano seguinte, um misterioso evento marcou sua vida: enquanto estava sentado à mesa, diante de deliciosas comidas, repetidamente sentiu sua mão sendo contida por uma força invencível. Interpretou, então, aquele tipo de paralisia como que uma advertência divina contra os confortos que a ele estavam sendo concedidos e, assim, iniciou um jejum que continuou pelo resto de sua vida. Seu único sustento era composto de pão e água, com adição de ervas silvestres nos feriados, e sardinha, apenas no Natal e Páscoa. Na Quaresma, ele comia e bebia apenas aos domingos. Permaneceu naquela família até a morte de sua mãe, em 1686. Três semanas após a morte dela, José foi em peregrinação à Roma, onde o Papa Inocêncio XI lhe atribuiu o cuidado pastoral da igreja de Nossa Senhora del Pino, em Barcelona.
Ao se estabelecer na igreja indicada pelo Papa ele exerceu fielmente seu ministério por quinze anos, até sua morte. Em todos os aspectos, foi um precursor digno do famoso santo Cura d’Ars, São João Maria Vianney, que viveu na França um século depois. Na verdade, ambos exerceram um rígido ascetismo, foram cheios de uma graça particular e consumidos pela orientação do rebanho que lhes foi confiado, passando um tempo interminável no confessionário.
Alugou um pequeno quarto silencioso e isolado, onde procurava a solidão tão necessária aos seus longos períodos de oração e penitência. Os habitantes da casa, no entanto, não podiam deixar de notar as flagelações às quais submetia seu corpo todas as noites. No quarto, ele não tinha nada além de uma mesa, um banco, um crucifixo e alguns livros. Não tinha qualquer tipo de leito ou aquecimento. Todo o dinheiro que ganhava por celebrar missas de sufrágio era inteiramente destinados aos mais pobres. O único objetivo de sua vida era distanciar-se completamente de tudo o que não fosse de Deus e apegar-se a ele, com todas as suas forças. Sua popularidade cresceu como diretor espiritual e pela capacidade de curar enfermos. Apesar desta crescente popularidade, José Oriol foi capaz de guardar sua profunda humildade e ficou surpreso que Deus o tivesse escolhido como seu instrumento particular, convencido de que qualquer sacerdote poderia ter feito o mesmo, se tirasse benefícios dos dons concedidos por Cristo.
Sabendo do dia de sua morte, mudou-se para um outro quarto e pediu a um amigo que providenciasse para que recebesse a extrema unção e o viático. Nos últimos três dias de vida, ele ainda recebeu o viático, sem se alimentar de mais nada. Em 23 de março de 1702, diante da comoção geral dos mais próximos, anunciou que seu fim havia chegado, pediu que fosse recitado o Stabat Mater, e durante a execução deste canto deu seu último suspiro, mantendo o olhar fixo no crucifixo.
Foi beatificado por Pio VII, no dia 15 de maio de 1806 e canonizado pelo Papa Pio X em 20 de maio de 1909.

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