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Bem-aventurada Nossa Senhora das Graças

Memória facultativa mariana

LADY

Maspetheer / CC BY-NC 2.0

Bem-aventurada Nossa Senhora das Graças

Há um santuário mariano em Paris, na Rue Du Bac, n. 140. A cada ano, pelo menos um milhão de peregrinos o visitam com a intenção de conhecer a capela da “Medalha milagrosa”, isto é, a capela onde Santa Catarina de Labouré teve visões de Nossa Senhora. Em meio à essa massa humana que todos os anos visita o santuário, há muitos que vão até ali para buscar consolo espiritual e uma resposta para seus problemas: pedem graças, choram, agradecem, ficam em silêncio… se comportam como filhos diante de uma mãe. E não poderia ser de outro modo, pois nesse lugar se respira a presença carinhosa da Mãe, que se dignou aparecer a Santa Catarina. Vejamos seu próprio testemunho da primeira visão que teve no ano de 1830:

“Às onze e meia [da noite] sinto que chamam meu nome: ‘Irmã Labouré! Irmã Labouré!’. Tendo acordado, olhei para onde provinha a voz […] vejo um menino vestido de branco, com uns quatro ou cinco anos de idade, que me diz: ‘Venha até a capela; lá Nossa Senhora te espera’. A criança me conduziu até o presbitério, onde eu me coloquei de joelhos, enquanto o menininho ficou todo o tempo em pé. […] Finalmente chegou o desejado momento. O menininho me avisou dizendo: ‘Eis a Nossa Senhora, ei-la!’. Senti um rumor como o de roçar de vestes de seda que vinha da parte da tribuna, junto do quadro de São José, e vi a Santíssima Virgem que veio e se colocou sobre os degraus do altar, do lado do Evangelho. Dizer o que experimentei naquele momento e o que ocorria em mim, seria impossível… Eu, olhando a Santíssima Virgem, me aproximei dela e, ajoelhando-me nos degraus do altar, apoiei as mãos nos joelhos de Maria… Aquele foi o momento mais doce da minha vida…”

Em outra visão, no dia 27 de novembro de 1830, Santa Catarina tem uma nova aparição e nela lhe é indicada a forma e a imagem de uma medalha com os dizeres, que se tornarão conhecidos no mundo inteiro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”. Ainda dentro dessa visão, Santa Catarina ouve uma voz que lhe diz: “Mande cunhar uma medalha conforme esse modelo. Aqueles que a portarão com fé, receberão grandes graças”. Após isso, Santa Catarina foi referir toda a visão que tivera ao seu confessor que, porém, a desaconselha no fato de fazer as medalhas. Mais tarde, apesar da negativa de seu confessor, Santa Catarina sente fortemente uma voz interior para cunhar as medalhas. No ano de 1832 uma epidemia de cólera irrompe na cidade de Paris. Os mortos são mais de 20 mil… Santa Catarina fala novamente com seu confessor. Dessa vez ele a ouve e manda cunhar duas mil medalhas. As irmãs do convento onde morava Santa Catarina começaram a distribuir as medalhinhas: como por milagre começam a cessar as mortes e se observam grandes conversões espirituais – a mais famosa delas foi a do judeu agnóstico Afonso Ratisbonne, um dos fundadores da Congregação Católica dos Padres e Irmãs e Sion. Em pouco tempo o povo de Paris começa a se referir à medalha como a “Medalha milagrosa”. Dois anos depois desses fatos, foram cunhadas 500 mil medalhas e um ano depois, isto é, em 1835, circulavam mais um milhão de medalhas milagrosas. Por ocasião da morte de Santa Catarina, no ano de 1876, mais de um bilhão de medalhas haviam sido cunhadas! Hoje, a jaculatória cunhada no verso da medalhinha tornou-se uma das orações mais conhecidas entre os católicos e com frequência, ao ouvir alguém rezar o terço, escuta-se nos lábios dos devotos: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!”.

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