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São Hugo de Cluny

Abade beneditino (†1109)

CHURCH

Public Domain


Hugo de Semur nasceu no dia 13 de maio de 1024, em Brionnais, França. Foi o primeiro filho do Conde Dalmas I de Semur, chamado “o Grande”, Senhor de Semur-en-Brionnais (assassinado em 1048), que pertencia a uma grande família aristocrática de castelhanos.
Em 1037, Hugo apoiado pela mãe e contrariando o desejo do pai – que queria torná-lo cavaleiro – voltou-se para os estudos, insistindo em entrar no convento de São Marcello di Chalon, para receber uma educação adequada. Tal convento foi doado a Cluny, por um parente seu, o Bispo de Auxèrre.
Em 1039, vencendo a resistência paterna, com 15 anos, entrou como noviço na Abadia de Cluny e em 1044, com apenas vinte anos, fez sua profissão monástica e foi ordenado sacerdote. Três ou quatro anos depois tornou-se prior da célebre abadia.
Em 1048 ele foi enviado, em missão, para a Alemanha ao imperador Henrique IV. Estava ainda viajando, quando em 1 de janeiro de 1049 faleceu, o abade de Cluny, Santo Odilão. Hugo foi eleito como seu sucessor em 20 de fevereiro, recebendo a benção abacial dois dias depois.
Seu abaciado durou muito, cerca de 61 anos e foi dividido por períodos passados em Cluny e muitas viagens aos numerosos mosteiros beneditinos, dependentes da Abadia de Cluny, em vários países estrangeiros. Construiu a célebre basílica de seu mosteiro, fez compor o código dos costumes monásticos e fundou muitos novos mosteiros. Suas viagens e datas foram cuidadosamente registrados com todos os detalhes, por estudiosos do assunto: em 1049, ele esteve em Reims para o Concílio lá realizado; depois acompanhou o Papa Leão IX a Roma, onde participou do Sínodo de 1050 e na Páscoa de 1051 ele estava em Colônia para o batismo do filho do imperador Henrique III.
Continuando numa incrível missão itinerante, tão cansativa para aquela época, Hugo continuou seu trabalho como legado papal no sul da França. Em 1072, esteve na Dieta de Worms na Alemanha, e em 1073 esteve na Espanha. Nos anos seguintes, ele seria o mediador entre o papa e o imperador, em Canossa.
Quando estava em Cluny, recebeu o Papa Urbano II, em 1095; Santo Anselmo d’Aosta, em 1097 e o Papa Pascoal II, em 1106.

Faleceu aos 85 anos, no dia 29 de abril de 1109 em Cluny.
Durante seu abaciado, Cluny atingiu seu esplendor máximo, apesar da própria abadia sofrer de outras maneiras, de suas ausências contínuas e prolongadas. Hugo não era inclinado a ampliar ainda mais as fundações monásticas, que estavam ligadas à abadia materna de Cluny, especialmente se fossem tão distantes quanto na Inglaterra; em todo caso, se houve esplendor, após sua morte começou um período de decadência de Cluny, cujos estudiosos remontam a algumas iniciativas de Hugo.
Quanto ao culto de São Hugo existe uma peculiaridade: no início de 1120, o papa Calisto II visitou Cluny, foi-lhe solicitado, com base em alguns documentos, de reconhecer a santidade do grande abade, uma santidade que até muito recentemente era declarada principalmente pelo povo.
O papa não considerou os documentos apresentados suficientes e pediu um interrogatório de testemunhas. Este é um dos casos mais antigos de uma pesquisa histórica preliminar em uma canonização.
Quando o Papa ficou satisfeito com as provas, em 6 de janeiro do mesmo ano 1120, ele o declarou São Hugo de Cluny, organizando a festa em 29 de abril.
Mais tarde, em vários mosteiros beneditinos, a festa foi unificada no mesmo dia, para os quatro santos abades de Cluny: Odão, Majolo, Odilão e Hugo. A grande reputação do santo abade estava associada à de duas outras grandes figuras da Igreja, seus contemporâneos, os papas Gregório VII (1020-1085) e Santo Anselmo d’Aosta (1033-1109).

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