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São Pedro Nolasco

Sacerdote (†1256)   

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São Pedro Nolasco, nasceu dia 29 de julho de 1189, no pequeno povoado de Mas-Saintes-Puelles, no antigo condado de Languedoc Toulouse e Carcaçona, no sul da França. O francês Guillaume de Bigot era seu pai e sua mãe era a italiana Catarina, proveniente de Nola, Sicília, Itália, donde o menino herdou o nome.  Ambos de famílias bem situadas social e economicamente.

Pedro tinha 15 anos, quando perdeu o pai. A mãe, desejando ter uma auxiliar no governo da casa, insistiu com Pedro para que constituisse uma família, ao que este se opôs terminantemente. Mais ainda: fez os votos de castidade e de pobreza, com o propósito de repartir os bens entre os pobres.

A França naquela época foi palco de graves desordens, devido aos abusos dos Albigenses, que infestavam todo o sul da França. Para evitar qualquer contato com os hereges, Pedro se associou ao conde Simão de Monfort, comandante do exército católico, e com ele chegou à Espanha, onde lhe foi confiada a educação do príncipe Jaime de Aragão. Mesmo estando no meio de círculos aristocráticos de Barcelona, sua vida era só de Deus.

Ofereceu-se-lhe ocasião de observar a tristíssima sorte dos escravos cristãos que tiveram a infelicidade de cair sob poder dos muçulmanos. Vendo que perigos corriam de perder a fé, aplicou toda a fortuna no resgate deles, tendo libertado de uma só vez trezentos cristãos. A boa vontade e energia, porém, de um só eram insuficientes, para remir tantos escravos. Por isto recorreu à caridade de outras pessoas, de quem recebeu avultadas somas, para a redenção dos cativos.

Em agosto de 1223 Pedro teve uma inspiração sobrenatural que lhe indicou outros meios de libertar os cristãos das mãos de mouros. Maria Santíssima apareceu-lhe, mostrando grande satisfação pelo bem que fizera aos cristãos e deu-lhe a ordem de fundar uma congregação com a finalidade de conseguir a redenção dos cativos. Pedro falou da aparição a São Raimundo de Peñaforte, seu confessor e ao rei Jaime. Qual não foi a surpresa quando soube deles que ambos, na mesma noite, tiveram a mesma visão. Tendo assim tão claramente a revelação da vontade divina, Pedro sem demora pôs mãos à obra e emitiu os três votos, de pobreza, castidade e obediência, acrescentando o quarto, de sacrificar os bens e a própria liberdade, se necessário fosse, pela redenção dos escravos. O bispo Berengário, de Barcelona, recebeu estes seus votos. A Ordem, aprovada pelo rei e abençoada pelo Papa recebeu o nome oficial de: Ordem da Virgem Santíssima das Mercês para a Redenção dos Escravos. São Raimundo organizou as constituições da regra da nova Ordem e impôs a Pedro o hábito, nomeando-o primeiro Superior. A nova instituição teve gratíssimo acolhimento da parte do povo e com Raimundo, mais dois fidalgos receberam o hábito.

Inicialmente a nova Ordem viu-se em grandes dificuldades e, mais de uma vez, parecia não ter esperanças de se desenvolver. Pedro, porém, confiou em Deus, e do céu lhe veio auxílio. ‘Tenhamos temor de Deus” — costumava dizer aos seus — “Louvemos a Deus, pois Ele tem nas mãos os corações dos homens. Dirige-os como quer”. A nova regra obteve, em 1235, a aprovação da Santa Sé. Logo depois de se ter dedicado à sua obra, Pedro abandonou a corte real.

Durante trinta e um anos dirigiu a Ordem e milhares de cristãos foram por ele libertados do cativeiro muçulmano.

Teve desejo de visitar o túmulo do Apóstolo São Pedro, a quem dedicava especial devoção. Certo dia, na hora das orações das Matinas pediu a Deus que o atendesse neste desejo. Apareceu-lhe, então, São Pedro, fazendo-lhe ver que não era a vontade de Deus que fizesse aquela viagem. Pedro contentou-se inteiramente com esta resposta.

Nos últimos anos de vida ficou impossibilitado de trabalhar. Sentindo-se ao fim da peregrinação terrena, reuniu todos os religiosos da sua Ordem, para lhes dar os últimos conselhos e a bênção. As últimas palavras que disse, foram: “Eu vos louvarei, Senhor, porque trouxestes salvação a seu povo”.

Faleceu em 1256 e foi canonizado pelo Papa Urbano VIII, em 1628.

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