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São Gregório, o Iluminador

Bispo (†c.326)

JESUS

Public Domain

Gregório nasceu, por volta de 257, em Valarxabad, na Armênia.
Gregório era o filho dos nobres armênios partas Anaces E Okohe. Acredita-se que seu pai era um príncipe relacionado aos reis arsácidas da Armênia ou então era parte da casa de Surena, um dos sete ramos da dinastia arsácida ainda reinante na Báctria. Anaces foi encarregado de assassinar o rei Cosroes II, um dos reis da dinastia, e sua família foi condenada à morte.
Sobrevivente do massacre de sua família, escapou por pouco da execução com a ajuda de Sophia e Yevtagh, seus tutores. Foi levado para Cesareia, na Capadócia, onde os dois pretendiam terminar de criá-lo. Gregório foi então dado ao santo padre cristão Firmiliano (Eutálio) para ser educado e foi assim que se tornou um devoto cristão.
Quando atingiu a maioridade, Gregório se casou com uma moça chamada Miriam, devota cristã que era filha de um príncipe armênio cristão, na Capadócia. Tiveram dois filhos, Vertanes I, o Parto e Aristácio I (Aristaces). Através de Vertanes, Gregório e Míriam tiveram mais descendentes e, quando Gregório morreu, Aristácio o sucedeu. Em algum ponto da vida, Gregório e a esposa se separaram para se dedicarem inteiramente à vida consagrada.
Gregório deixou a Capadócia e voltou para a Armênia na esperança de conseguir ser perdoado pelo crime de seu pai através da evangelização de sua terra natal. Na época, reinava Tirídates III, o filho do falecido rei Cosroes II. Influenciado em parte pelo fato de Gregório ser o filho do assassino de seu pai, o rei ordenou que ele fosse preso por doze (ou quatorze, dependendo da fonte) anos numa cela subterrânea na planície do Ararate, sob a atual igreja de Khor Virap, perto da cidade histórica de Artaxata, na Armênia. Gregório foi eventualmente convocado dali, por volta de 297, para tentar recuperar a saúde de Tirídates III, que havia sido ferido e perdido um combate, após ter sido traído pelo imperador romano Diocleciano, que invadiu e tomou grande parte do território das províncias ocidentais da Grande Armênia, que se tornaram protetorados de Roma.
Em 301, após ter sido atribuída a cura do rei à sua intercessão, Gregório transformou os templos em igrejas erguendo altares e cruzes, mas adiando a consagração e o batismo do rei, porque ele não era bispo. Por esse motivo, Tiridate e os príncipes o elegeram como pastor supremo da Armênia e o acompanharam com um grupo muito grande de cavaleiros para Cesarea na Capadócia, para receber a consagração das mãos do bispo da metrópole Leonzio, que convocou o Sínodo Neo-Cesarea (314-325), onde vinte bispos participaram. Ele o consagrou com grande alegria e festa de todos os presentes e do povo, por ele e pela conversão da Armênia. Gregório batizou Tirídates III juntamente com os membros de sua corte e das classes dominantes. O rei emitiu um decreto pelo qual concedia a Gregório plenos direitos para evangelizar a nação toda na fé cristã. No mesmo ano, a Armênia se tornou o primeiro país a adotar o cristianismo como religião estatal. A primeira catedral a ser construída, a Igreja-mãe em Vagarsapate (Echmiadzin) se tornou e ainda continua sendo o centro espiritual e cultural do cristianismo armênio e sede da Igreja Apostólica Armênia, a Catedral de Echmiatsin. A maior parte dos armênios foram batizados nos rios Murat (Aratsani; a parte inicial do Eufrates) e Rio Aras (Araxes).
Na viagem de volta, houve um confronto armado com a cidade ainda pagã de Astisat, onde Gregório tomou posse da antiga sede episcopal vaga por causa de perseguições. Às margens do Eufrates, ele batizou muitos príncipes e soldados e o próprio rei, sua esposa e sua irmã, que vieram encontrá-lo.
Em 318, Gregório apontou seu segundo filho Aristácio como próximo bispo na linha da Igreja Apostólica para estabilizar e continuar a reforçar o cristianismo não apenas na Armênia, mas também no Cáucaso e na Anatólia. Gregório também colocou um de seus netos (um dos filhos de Vertanes) a cargo das missões evangelizadoras aos povos e tribos de toda a região do Cáucaso e da Albânia.
Em seus últimos anos, ele estava retirado num pequeno mosteiro perto do Monte Sebuh (ou Sepuh), na província de Daranali (Manyats Ayr, na Armênia Superior), com um pequeno grupo de monges, onde ele permaneceu até a sua morte.
Após a sua morte, seu corpo foi levado para a vila de Todano (T’ordan – atual Doğanköy, perto de Erzincan). Seus restos foram espalhados por toda parte no reino do imperador bizantino Zenão. Acredita-se que sua cabeça esteja atualmente na Armênia, sua mão esquerda em Echmiadzin e a direita, na Santa Sé da Cilícia, em Antelias, no Líbano. No século VIII, os decretos iconoclastas na Grécia fizeram com que diversas ordens religiosas fugissem do Império Bizantino e buscassem refúgio em outros lugares.
A ele é creditada a conversão da Armênia do paganismo armênio ao cristianismo, dando ao país a distinção de ter sido o primeiro a adotar o cristianismo como religião oficial em 301.

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