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São Martinho de Tours

Bispo (†397)

rosário acalma

oneinchpunch | Shutterstock

Martinho nasceu por volta do ano 316 na província romana da Panônia – atual Hungria. O pai chegou a servir como tribuno na legião. Sua infância foi vivida em Pavía, no norte da Itália. Embora seus pais fossem pagãos, ele se sentiu atraído pelo cristianismo, e aos doze anos desejava viver no deserto como os monges. Foi impedido pelo pai e teve que abraçar a carreira militar. Com a idade de dezoito anos, entrando na cidade de Amiens, um pobre se aproximou e pediu ao soldado Martinho alguma roupa para vencer o frio. Tomado por piedade, Martinho pega sua espada e cortou pela metade seu manto, a única peça de roupa que possuía, dando esse pedaço ao pobre. Ao fim do período militar, com a idade de 25 anos foi para Poitiers, com a finalidade de se apresentar ao bispo Hilário. O bispo o acolhe e ele inicia propriamente sua vida religiosa. Após algumas vicissitudes, organizou um eremitério em Milão, mas a heresia do arianismo imperava na Igreja de então, e por esse motivo Martinho é expulso dessa região. Voltando para a França, mais precisamente para Poitiers, aí funda aquele que é considerado o primeiro mosteiro da França. Aí viveria por quinze anos, se dedicando ao estudo das escrituras e à pregação. Contra a sua vontade, o clero e os fiéis de Tours o elegem como seu bispo no ano 371. Sem abandonar a vida monástica, Martinho assume o encargo do episcopado. Vive uma vida ascética, rejeitando todo luxo e se dedicando à oração. Em suas atividades pastorais, se ocupa de visitar os prisioneiros, os condenados à morte, os doentes e mesmo os mortos. Não faltam relatos de milagres: ele teria curado vários enfermos e ressuscitado até mesmo a algum morto. Dedica-se com afinco ao ministério episcopal. De fato, durante uma visita pastoral, em que tentava a reconciliação entre membros do clero, São Martinho morre, extenuado pelas fadigas e pela dedicação à vida que escolhera. Milhares comparecem aos seus funerais, tal era sua fama de santidade. De fato, será um dos primeiríssimos santos confessores proclamados pela Igreja. Até então, a Igreja possuía a prática de canonizar apenas os santos mártires. Embora tenha morrido no dia 8 de novembro, sua memória é celebrada no dia 11, dia da sepultura de seus restos mortais. 

Uma curiosidade: os reis merovíngios e carolíngios, guardavam em seu oratório particular um pedaço do famoso manto, ou melhor, da capa de São Martinho. Parece que daí deriva o costume de designar determinado oratório como “capela”, isto é, o lugar onde se guardava a relíquia; neste caso, a “capela” de São Martinho.

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