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São Pio de Pietrelcina

Presbítero Capuchinho (†1968)    

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Domaine public

Départ d'Abraham, par József Molnár, Galerie nationale hongroise, 1850

Padre Pio nasceu em 25 de Maio de 1887 na localidade de Pietrelcina, muito próxima à cidade de Benevento, na Itália. Foi um dos sete filhos de Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio. No dia seguinte ao seu nascimento foi batizado com o nome de Francisco e, mais tarde, seria, de fato, um grande seguidor de São Francisco de Assis.

Desde criança apresentou extrema sensibilidade com os assuntos relacionados a Deus.  Desenvolveu tamanha admiração por Nossa Senhora e seu Filho Jesus, que os via constantemente devido a esta familiaridade. Foram Jesus e Maria que apareceram a ele quando ele recebeu pela primeira vez as dolorosas chagas de Cristo, em 1910.

Ainda pequeno tornou-se amigo do seu anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho. Conta a história que ele recomendava muitas vezes as pessoas a recorrerem ao seu anjo da guarda, estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário.

Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma.

Aos quinze anos de idade entrou no noviciado em Morcone adotando o nome de “Frei Pio”. Após o ano de noviciado, formulou os votos simples, em 1904. Em 1907, professou os votos solenes. Frequentou estudos clássicos e filosofia. Foi ordenado padre em 10 de agosto de 1910 no Duomo de Benevento.

Durante os primeiros anos como frei capuchinho, frequentes problemas de saúde obrigavam Padre Pio a fazer visitas regulares à sua casa para receber cuidados de sua mãe, a quem chamava carinhosamente “Mama Peppa”. Ele sofria de intensas dores no peito e nas costas, frequentes dores de cabeça, febres altas, problemas pulmonares e estomacais. Estes sintomas desapareciam inexplicavelmente quando ele voltava. Depois de sua ordenação, seus problemas de saúde o obrigaram a permanecer em casa até 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de São João Rotondo, lugar onde viveu até a morte.

Percebendo que a sua missão era de acolher em si o sofrimento do povo, recebe como confirmação do Cristo os sinais da Paixão em seu próprio corpo. Estava aí marcado em si mesmo a sua missão. Deus o queria para aliviar o sofrimento do seu povo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava por este sacramento aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do Demônio que era conhecido por ele como “barba azul”. Torturado, tentado e testado muitas vezes por este, sabia muito da sua astúcia no seu afã em desviar os filhos de Deus do caminho da fé.

Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, o tão conhecido “Casa Alívio do Sofrimento”, que viria a ser hospital de referência em toda a Europa. Mesmo com o seu ministério sacerdotal vitimado por calúnias injustificáveis, não se arrefeceu o coração para com a Igreja por quem tinha grande apreço e admiração. Sabia muito bem distinguir de onde provinham as calúnias, sendo estas vindas por parte de alguns da Igreja, e não da Igreja mãe e mestra a quem ele tanto amava.

A pedido do Santo Padre, devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, criou os grupos de Oração, verdadeiras células catalizadoras do amor e da paz de Deus para serem dispenseiros de tais virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968 quando, no seu quarto conventual com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansou em paz aquele que abraçou a cruz do Cristo, fazendo desta a ponte de ligação entre a terra e o céu. 

Foi beatificado em 02 de maio de 1999 na Praça de São Pedro, Vaticano, pelo Papa São João Paulo II. Foi canonizado pelo mesmo papa, no mesmo local da beatificação no dia 16 de junho de 2002.

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