Maurino é o santo padroeiro de uma abadia localizada há pouco menos de vinte quilômetros de Agen e Moissac, França. A data de sua fundação e as suas origens são desconhecidas. No entanto, sabe-se que em 1082 a abadia passou para a administração de Moissac. A lenda de Maurino é encontrada no Lecionário desta abadia que nada mais é do que um contexto de clichês hagiográficos interligados.
De acordo com essa história, Maurino nasceu milagrosamente de um casal pagão Eutric e Alabanna, cuja união permaneceu estéril por dezoito anos.
Aos doze anos Maurino foi até São Germano di Cápua (falecido em 540) que o batizou, completou sua educação, ordenou-o diácono e, finalmente, depois de sete anos, o enviou a Agen.
Lá ele começou por libertar um endemoninhado, o que atraiu a atenção do povo. Contudo, Maurino foi preso e flagelado. Uma noite, veio um anjo abrir as portas para ele e o fez fugir para a colina próxima. Os guardas, que não viram nada, acabaram encontrando-o, mas, chocados com o que estava acontecendo, se converteram. As autoridades mandaram atá-lo a uma estaca e multiplicar as torturas perante todo o povo, mas o povo, sabendo da bondade de Marino, se voltou contra as autoridades e seus representantes. Os carrascos foram açoitados pelas próprias varas e Maurino saiu ileso da estaca. Não obstante, essa defesa do povo o próprio prefeito tomou o lugar do carrasco e decapitou o santo, mas não sem consequências: ele perdeu a razão e seus homens se mataram entre si.
Um jovem, cristão, São Dionísio, pegou a cabeça de Maurino e foi lavá-la numa fonte que se tornou milagrosa. Algumas testemunhas enterraram o mártir e ergueram uma basílica dedicada a São Pedro em seu túmulo. O culto de Maurino limitava-se a Moissac e a algumas abadias cistercienses. Ele é comemorado em 25 de novembro na diocese de Auch.