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São Tomás de Aquino

Dominicano e Doutor da Igreja (†1274)  

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Kzenon | Shutterstock

Tomás de Aquino nasceu no ano de 1225, em Roccasecca, no Condado de Aquino, atual região do Lácio. Seu pai, o Conde Landulfo de Aquino, e sua mãe, Teodora Caracciolo, pretendiam que o filho não fizesse carreira militar como o resto da família, mas que seguisse o exemplo do tio Sinibaldo, irmão de seu pai, que era abade da Abadia de Monte Cassino, em Cassino, Itália. Aos cinco anos de idade Tommaso foi morar na Abadia de Monte Cassino. 

Quando era rapaz, devido ao conflito militar entre o rei Frederico II e o Papa Gregório IX, seus pais mandaram-no para a Universidade de Nápoles, onde travou conhecimento com a Ordem Dominicana à qual quis se filiar.  

O jovem Tomás, com 19 anos, a fim de realizar este desejo, teve que enfrentar oposição cerrada da família, especialmente da condessa sua mãe. Para subtrair-se a ela, viajou, às escondidas, para Roma, encerrando-se no mosteiro dominicano de Santa Sabina, de onde pouco depois foi enviado a Paris.

Contudo, em sua viagem, foi detido por um pelotão de soldados, guiados por dois de seus irmãos, que serviam as tropas imperiais sediadas na Itália. Remetido ao lar paterno, no castelo de Roccasecca, Tomás ficou detido por ordem de sua mãe. Com isso esperava dissuadi-lo do serviço à Igreja. Os ambiciosos familiares o queriam destinar a um cargo político ou administrativo ou, pelo menos, a um rendoso ofício prelatício, pois Tomás estava escolhendo uma ordem desconhecida, com o designativo de mendicante. Toda a oposição foi em vão. Certa noite fugiu da torre onde sua mãe o mantinha em cativeiro e, ajudado por amigos dominicanos, seguiu sua vocação. 

Cursou em Colônia os estudos filosóficos e teológicos, sob a direção do célebre mestre Alberto Magno. Passou depois para Paris, o maior centro de estudos superiores da Europa. Daí por diante sua vida foi inteiramente tomada pelo ensino e pela elaboração de suas obras filosóficas e teológicas.

Seus 49 anos de vida não foram nada tranquilos, como poderia fazer-nos pensar a magnitude de sua obra. Viajou continuamente e desempenhou várias funções: professor universitário, consultor da Ordem, pregador oficial. Em meio de tantas viagens e ocupações, lia, meditava e redigia suas obras. Era capaz de ditar aos seus ajudantes escrivães até 3 obras, simultaneamente, em três diferentes línguas. Sua Suma Teológica é uma das obras fundamentais do pensamento humano. Obra que marcou o rumo da orientação filosófico-teológica da Igreja durante meio milênio. Santo Tomás aparece assim como um dos grandes elaboradores do pensamento cristão. O esforço realizado pelos Santos Padres na incorporação da cultura clássica à mensagem cristã foi completado por Santo Tomás no campo filosófico, enxertando a filosofia de Aristóteles em seu sistema teológico.

A pedido do papa, Tomás preparou a liturgia, ofício e missa da solenidade do Corpo de Deus, o que resultou numa maravilhosa síntese de teologia eucarística e, ao mesmo tempo, um monumento de fé e de amor à presença de Cristo na Eucaristia.

No ano de 1054, o Grande Cisma dividiu a Igreja em Igreja do Oriente, sob a liderança dos quatro patriarcados do Oriente, e Igreja Latina, sob a liderança do Papa. Numa tentativa de reunir as duas partes, o Papa Gregório X convocou o Segundo Concílio de Lyon, para 01 de maio de 1274 e ordenou que Tomás comparecesse para apresentar sua obra “Contra os Erros Gregos” (Contra Errores Graecorum). Quando estava a caminho do Concílio montado num burro enquanto viajava pela Via Ápia, bateu a cabeça no galho de uma árvore tombada. Foi seriamente ferido e foi mandado para Monte Cassino para se recuperar. Depois de descansar por um tempo, tentou novamente seguir viagem, mas teve que parar novamente doente, na Abadia Cisterciense de Fossanova. Apesar dos esforços dos monges, ele não resistiu e morreu no dia 07 de março de 1274, enquanto ditava seus comentários sobre o Cântico dos Cânticos.

Foi canonizado dia 18 de julho de 1323 pelo papa João XXII que, aos que objetavam que faltasse milagre no processo, respondeu: “Quantas as proposições teológicas que ele escreveu, tantos são os milagres que fez”. 

Sua memória é venerada no dia 28 de janeiro porque foi o dia em que seu corpo foi transladado para Toulouse, em 1369, e permanece até os dias de hoje.

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