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Santa Margarida Maria Alacoque

Virgem (†1690)

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Giovanni Destefanis - CC BY-SA 3.0

A memória desta santa está ligada à difusão da devoção do Sagrado Coração. Pode-se dizer que essa devoção é bastante recente e está ligada ao fenômeno que ficou conhecido como “jansenismo”. O jansenismo – de Cornélio Jansenius, o pai dessa heresia – foi um movimento religioso, filosófico e também político. Dentro da grande complexidade que este movimento apresentava, se poderia dizer que as ideias de Jansenius levaram a um setor da Igreja a abraçar um cristianismo exigente e sisudo em que se chega a conceber a salvação para apenas um pequeno grupo de fiéis escolhidos por Deus. Vivia-se muito mais uma religião do “temor” do que do “amor”. Outro elemento que favoreceu essa concepção “fria” do cristianismo, foi o Iluminismo. O avanço da razão em detrimento de outras vertentes inerentes ao ser humano, corroborou a visão de certo moralismo e de certo esforço humano que chegava a desmerecer o dom da graça de Deus. Junto à devoção do Sagrado Coração de Jesus encontram-se as figuras de dois grandes santos: São João Eudes e Santa Margarida Maria Alacoque. Hoje se falará de Santa Margarida: nascida na Borgonha no ano de 1647, a pequena Margarida teve uma juventude muito difícil. Perdeu seu pai quando ainda era uma criança e com sua mãe e seus outros irmãos teve que morar “de favor” numa casa que era administrada por outros membros da família. Particularmente penoso para Margarida foi enfrentar sua mãe e seus parentes para que o seu chamado pudesse se cumprir. De fato, com pouco mais de vinte anos ela se contrapôs firmemente – os parentes e mesmo sua mãe, desejavam que ela se casasse – e entrou na Congregação das Irmãs da Visitação, uma família religiosa fundada por São Francisco de Sales. Ao entrar nessa Congregação, Irmã Maria, como se chamou, viveu cerca de vinte anos se oferecendo, desde o início de seus votos, como uma “vítima ao Coração de Jesus”. Durante esse período se dedicou à oração e à maceração de seu corpo mediante a prática da penitência e da mortificação. Recebeu graças admiráveis, embora tneha sido mal compreendida por suas coirmãs e por seus Diretores espirituais, que chegaram a considerá-la como uma fanática, para não dizer louca, cheia de visões. Apenas com a chegada de um novo Diretor espiritual, o Bem-aventurado Padre Cláudio La Colombiére, é que houve uma maior compreensão dos fenômenos vividos por Irmã Maria. Após algum tempo, Padre La Colombiére ordenou que Irmã Maria escrevesse sua vida, narrando inclusive as visões que teve e que tinha durante sua vida religiosa. “Eis o coração que tanto amou os homens”, ouviu ela numa visão que teve do Senhor. Por inspiração se Santa Margaria Maria a devoção em torno do Sagrado Coração de Jesus foi aumentando e se tornou algo assumido e reconhecido pela Igreja: “sobre um trono de chamas, radiante como o sol, com a chaga adorável, circundando de espinhos e coroado com uma cruz”. Essa imagem vista pela santa em suas visões é a imagem que se encontra em tantas casas, protegendo as famílias cristãs espalhadas pelo mundo inteiro.

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