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Bem-aventurada Maria Gabriela Saghéddu

Virgem trapista († 1939)

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fewerton | Shutterstock

Maria Saghéddu nasceu no dia 17 de março de 1914, em Dorgali, Sardenha, Itália. Gabriela foi a quinta filha dentre dos oito filhos de um casal muito católico que exercia o trabalho de pastores.
Em 1919, seu pai faleceu e ela tinha apenas quatro anos. Perto de terminar o primário, ela teve que deixar a escola para ajudar em casa. Surpreendentemente, ela fez isso com muita seriedade e com um grande senso de responsabilidade.
De caráter forte, passou por uma profunda conversão após o falecimento de sua irmã mais nova, em 1931. A partir de então, ingressou na Ação Católica e passou a exercer um papel bastante ativo na sua paróquia natal, ministrando aulas de catequese às crianças, visitando os enfermos, etc.
Aos 21 anos optou por consagrar-se a Deus e, seguindo as indicações de seu diretor espiritual, em setembro de 1935, entrou no mosteiro trapista de Grottaferrata.
No noviciado tinha medo que sua profissão fosse adiada, mas depois da profissão, tendo superado esse medo, ela deu-se a um abandono tranquilo e seguro nas mãos de Deus, fato que gerou nela um desejo de um sacrifício total da própria vida: “Agora faças o que quiseres”, disse simplesmente, dirigindo-se a Deus. Professou os votos temporários em outubro de 1937, assumindo o nome de Maria Gabriela.
A abadessa do mosteiro na época, Madre Maria Pia, OCSO, era uma mulher entusiasmada pelo ecumenismo. E ela conseguiu passar esse entusiasmo para as irmãs do mosteiro. De tal forma que a Ir. Maria Gabriela sentiu que este era o grande chamado de sua vida. Por isso, decidiu oferecer sua própria vida em favor da unidade dos cristãos. Este oferecimento aconteceu durante uma semana que acabou se chamando “Semana de oração pela unidade dos cristãos”, no ano 1938.
Pouco tempo depois contraiu tuberculose, da qual viria a falecer no dia 23 de abril de 1939, encerrando uma longa agonia, totalmente abandonada à vontade de Deus, enquanto os sinos tocavam no final das vésperas do Domingo do Bom Pastor, onde o Evangelho proclama: “Haverá apenas um aprisco e um pastor”.
Sua oferta, mesmo antes de sua consumação, foi recebida pelos irmãos anglicanos e encontrou uma profunda resposta no coração dos crentes de outras confissões. O afluxo de vocações, que chegou a grande número nos anos seguintes, é o presente mais concreto de Irmã Maria Gabriela à sua comunidade.
Seu corpo, encontrado incorrupto por ocasião da exumação, em 1957, hoje repousa em uma capela adjacente ao mosteiro de Vitoriano, para onde se mudou a comunidade de Grottaferrata.
Irmã Maria Gabriela foi beatificada por São João Paulo II em 25 de janeiro de 1983, quarenta e quatro anos após sua morte, na basílica de São Paulo fora dos muros, na festa da conversão de São Paulo, último dia da semana de oração pela unidade dos cristãos.
Sua curta vida de clausura (três anos e meio) foi consumida como uma Eucaristia, simplesmente no empenho quotidiano da conversão, de seguir a Cristo, obediente ao Pai até à morte. Gabriela sentiu-se definida pela missão de oferecer, da doação de si mesma ao Senhor.

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