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Santo André Dung-Lac

Presbítero (†1839)

VIETNAM

Nheyob / CC BY-NC 2.0

Santo André Dung-Lac

André Dung-Lac era filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista.

Em 1823, foi ordenado sacerdote dominicano. Durante seu apostolado foi cura e missionário em diversas partes do Vietnã. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio. Uma citação sua, mostra claramente o que pensava destes resgates: “Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer”. Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.

No ano jubilar de 1900 um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas foram beatificados, pelo Papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870 e entre eles o padre André Dung-Lac, foi tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja católica vietnamita.

No extremo oriente asiático, nas regiões do Vietnã de hoje, a evangelização começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. Foram quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. No entanto, de 1625 a 1886, excetuados breves períodos de paz, os governantes regionais tudo fizeram para despertar ódio contra o cristianismo. Quanto mais perseguidos, maior o fervor cristão, tendo como resultado um elevadíssimo número de mártires.

Passada esta fase tenebrosa, veio um período de calma que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis, mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região. A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam invariavelmente à morte.

O Papa São João Paulo II, no dia 19 de junho de 1988, inscreveu os 117 beatificados por Leão XIII no rol dos santos mártires. Entre eles, contam-se 11 missionários dominicanos espanhóis, 10 franceses e 96 mártires vietnamitas. Oito são bispos, 50 sacerdotes e 59 leigos, de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e, alguns, catequistas, seminaristas e militares.

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