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Bem-aventurado Bartolomeu Maria dal Monte

Presbítero  († 1778)          

Pope-Francis-ANGELUS

Antoine Mekary | ALETEIA

No dia 3 de novembro de 1726 nasceu Bartolomeu Maria Dal Monte, em Bolonha, Itália. Filho de pais abastados, embora fosse o quinto filho do casal, foi criado como filho único: a mortalidade infantil não poupou a família, dos quatro filhos havidos, apenas Bartolomeu sobreviveu após o nascimento. Sua mãe, Anna Maria Bassani, fez um voto a São Vicente de Paulo e acreditava piamente que a intercessão desse santo fez com que o menino sobrevivesse. Desta forma, ele cresceu cheio de cuidados, sendo considerado o tesouro mais precioso do lar. Em 26 de abril de 1733, foi crismado pelo então arcebispo de Bolonha, Prospero Lambertini, que em 1740 seria eleito Papa, com o nome de Bento XIV. Bartolomeu foi dotado de viva inteligência e, por esse motivo, foi confiado pelos pais aos cuidados dos jesuítas do Colégio Santa Lúcia para cumprir os estudos humanísticos. Daí nasceu também sua vocação para o sacerdócio, que em princípio não fora aceita pelo seu pai. Ao conhecer São Leonardo de Porto Maurizio, o pregador franciscano das “missões” populares, da Quaresma, dos exercícios espirituais e propagador da Via Crucis, admirado por seu método, decidiu dedicar-se à pregação e a partir daí escolheu definitivamente o sacerdócio. Foi ordenado no dia 20 de dezembro de 1749 pelo administrador diocesano, enviado pelo próprio Papa Bento XIV. Após a ordenação, ele continuou seus estudos, obtendo um diploma em teologia em 30 de dezembro de 1751. Depois dos primeiros anos dedicados ao aprendizado da arte da pregação, Padre Bartolomeu empreendeu uma extraordinária atividade missionária, primeiro nas paróquias da diocese de Bolonha e depois durante todos os seus 26 anos de pregação generosa, expandindo seu campo de ação em 62 dioceses nas regiões norte e central da Itália. Num período em que eram enormes as consequências negativas de certas filosofias iluministas e de um aviltante puritanismo jansenista, as suas “missões” tornaram-se verdadeiros “oásis” de instrução religiosa para todos os fiéis, realizando uma ação de ampla cristianização. Em todo o exercício de seu ministério seguiu os passos do próprio Cristo: era intransigente na proclamação da Verdade, mas acolhedor e misericordioso para com os pecadores. Verdadeiro sacerdote de Deus, dedicou-se totalmente à salvação das almas, alimentando grande devoção a Maria, Mãe da Misericórdia. Em 1774, foi chamado pelo Vigário de Roma para pregar a missão solene na Piazza Navona, em preparação para o Ano Santo de 1775, e para realizar um retiro para o clero romano na Igreja del Gesù. O Papa Pio VI quis mantê-lo em Roma, mas ele preferiu continuar sua missão evangelizadora entre a população rural. O próprio arcebispo de Bolonha o exonerou do cargo de reitor do seminário para deixá-lo livre para pregar, nas extenuantes missões, que então aconteciam sem o auxílio de tecnologias de som, mas somente a viva voz e movimentando-se, no máximo, com as pesadas e lentas carruagens da época. Utilizando os bens que herdou do pai, fundou a “Pia Obra das Missões” para dar solidez e continuidade às missões entre o povo, contando com colaboradores sensíveis e inteligentes. Ele queria que sua Obra fosse uma forja de apóstolos. Para isso, criou estruturas adequadas para a formação de seus colaboradores, dedicando-lhes pessoalmente interessantes escritos espirituais. Entre estes escritos, a opereta: “Jesus no coração do sacerdote secular e regular, ou considerações eclesiásticas para todos os dias do mês”, publicada em Roma de 1775 até 1906, pela Editora Vaticana. Homem de sólida formação cultural, licenciado em Teologia, com total dedicação a Cristo, confiante devoção a Maria, árduo defensor da dignidade sacerdotal, treinado e zeloso “missionário”, Bartolomeu Dal Monte pode ser considerado um modelo atual de espiritualidade sacerdotal ao serviço da evangelização. Dois meses antes de falecer, exausto pelos trabalhos apostólicos, durante a sua última missão exclamou: “Vou morrer em Bolonha na noite de Natal”. De fato, em virtude de complicações pulmonares, morreu no dia 24 de dezembro de 1778, consolado pelos sacramentos e pela visita do arcebispo. Foi sepultado na Basílica Bolonhesa de São Petrônio e foi declarado venerável em 23 de janeiro de 1921 pelo Papa Bento XV. Sua beatificação ocorreu em Bolonha, no dia 27 de setembro de 1997, sob o pontificado do Papa São João Paulo II.

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