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Beato Jesus Hita Miranda

Mártir espanhol (†1936)

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Fondazione Cariplo / CC

Jesus nasceu em Calahorra, na província e comunidade autônoma de Rioja, Espanha, a 17 de abril de 1900. Foi o caçula dos quatro filhos que tiveram o casal Manuel Hita e Petra Miranda. A família era de pequenos proprietários de terra, muito praticantes e profundamente cristãos.
Passou uma infância serena, entre o lazer típico da época, os primeiros compromissos escolares e o serviço do altar, mas era atormentado por uma forma de gagueira nervosa, da qual jamais se livrou por completo.
Depois de terminar o ensino fundamental, desejando ser sacerdote, entrou no seminário diocesano, mas dois anos depois o deixou para ingressar no Seminário Marianista de Escoriaza, da Província espanhola de Guipúzcoa . Era motivado pelo desejo de maior perfeição e pelo fato dos marianistas se consagrarem à Virgem Santa. Destacou-se, imediatamente, pela piedade, pelo espírito de oração e pelo amor ao estudo. O diretor do postulantado, ao apresentá-lo ao noviciado, escreveu sobre ele: “Se não fosse pela gagueira, seria um modelo perfeito de postulante”.
Depois de completar os estudos que o habilitaram a lecionar, de 1921 até sua morte exerceu a profissão de professor nas diversas escolas marianistas para onde os superiores o enviaram: em Suances (Santander), em Escoriaza (Guipúzcoa), em Vitória, em Ciudad Real, em Jerez de la Frontera e em Madri. Foi um bom professor, muito solícito na educação de seus alunos, sempre disposto a assumir trabalhos complementares ou temporários, tenaz no estudo pessoal. De fato, sem deixar o magistério, obteve a Licenciatura em Ciências Históricas na Universidade de Zaragoza.
Religioso profundamente piedoso, era animado por uma terna devoção a Maria Santíssima, Por ocasião dos votos perpétuos, sofreu uma profunda crise, pelo fato dos Superiores não aceitarem seu pedido de se tornar sacerdote marianista, devido à sua gagueira. Mas, encorajado pelo diretor espiritual e movido por seu grande amor por Maria, finalmente escolheu continuar a ser um marianista como professor religioso leigo.
Ao final de junho de 1936 foi enviado pelos Superiores à Ciudad Real para dar aulas aos alunos repetentes em história. Ao despedir-se da família, que visitou aproveitando seu percurso de viagem, disse: “Quanto a mim, seja feita a vontade de Deus. Se formos mártires, tanto melhor”. Em Ciudad Real encontrou uma situação já caótica e perigosa. Poucos dias depois de sua chegada, foi invadido o colégio dos marianistas e, por ordem do diretor, o irmão Jesus foi escondido numa pensão, onde já estavam se refugiando outros religiosos. Na pensão dedicou-se à meditação, oração e penitência e, cada vez mais consciente do perigo iminente, preparou-se da melhor maneira possível para o martírio.
Em 25 de setembro de 1936 foi preso e fuzilado com outros 4 religiosos (dois Passionistas, um Claretiano e um sacerdote secular) junto ao muro do cemitério de Carriòn de Calatrava, a cerca de dez quilômetros da cidade de Ciudad Real. Seu corpo, e os de seus companheiros, foi atirado no famosos poço abandonado de Carriòn. Foi recuperado muito tempo depois para ser transferido para o Valle de los Caídos, um mausoléu em homenagem às vítimas da Guerra Civil Espanhola.
Junto com outros mártires da perseguição espanhola, foi beatificado pelo Papa João Paulo II no domingo, 1º de outubro de 1995, em Roma.

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