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São Celestino

43º Papa da Igreja Católica (†432)

POPE CELESTINE V

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Santo do dia

Foi um romano e poucos dados são conhecidos sobre a sua vida, apenas que o nome de seu pai era Prisco e que conviveu com Santo Ambrósio, em Milão durante algum tempo.
Foi eleito papa em setembro de 422 e sua posição na cátedra de Pedro durou até 432. Os principais
méritos de seu pontificado foram no campo da liturgia e na correspondência com os bispos, a fim de tutelar a pureza da fé e salvaguardar a tradição apostólica em vigor na Igreja de Roma. Como supremo pastor da Igreja, Celestino sentiu-se envolvido nas controvérsias doutrinais que agitavam o mundo cristão daquele século.
Em primeiro lugar, o pelagianismo, que pregava um humanismo horizontal, esvaziando o valor e a necessidade da Redenção operada por Cristo. O Pelagianismo defendia que o homem com suas próprias forças consegue salvar-se sem necessitar da graça do Alto. Cristo seria apenas um homem que nos deixou exemplos insuperáveis de virtudes, apontando o caminho do bem. Esta heresia, condenada no Concílio de Cartago, chefiado, em 417, por Santo Agostinho, continuava camuflada sob formas ambíguas que passaram à história sob o nome de semipelagianismo. O Papa Celestino reafirmou a doutrina ortodoxa, defendendo inclusive Santo Agostinho na luta contra o pelagianismo. São Celestino condenou os pelagianos.
Em segundo lugar, a condenação do Nestorianismo foi seu outro grande mérito. Por volta do ano 428, o patriarca de Constantinopla, Nestório, escandalizou a sensibilidade dos fiéis com sua doutrina que negava a divindade na maternidade de Maria Santíssima. Atribuía a Cristo não só duas naturezas, mas também duas pessoas distintas: o homem separado de Deus. A Redenção operada por Jesus seria obra humana e, portanto, de valor limitado. Segundo Nestório, Maria era a mãe do simples homem, ao qual Deus se juntou mais tarde. Num primeiro momento, Celestino, advertiu Nestório sobre as consequências fatais desta doutrina, mas diante a obstinação do posicionamento do Patriarca de Constantinopla, mandou uma carta de excomunhão. Tal excomunhão causou tamanha turbulência frente ao prestígio de Nestório que o Imperador de Constantinopla convocou em Concílio em Éfeso, no ano de 431, presidido por Cirilo de Alexandria. Nele foi promulgada a solene definição, afirmando que em Cristo há duas naturezas, mas sob uma única pessoa: a do Filho de Deus feito homem. Por isso, Maria deve ser chamada com toda justiça Mãe de Deus (Teotokos). As Atas do Concílio foram aprovadas pelos representantes do Papa Celestino I. Os bispos ao saírem da sala conciliar foram triunfalmente aclamados pelo povo.
Ainda que não tenha comparecido pessoalmente, ele enviou delegados ao I Concílio de Éfeso no qual foram condenados os nestorianos. Ainda existem quatro cartas escritas por ele nesta ocasião, todas datadas de 15 de março de 431, além de algumas outras, para os bispos africanos, os da Ilíria, de Tessalônica, de Narbona, que sobreviveram em traduções do grego, estando perdidos os originais em latim.
Enviou São Paládio para a Irlanda em 431 d.C., tendo o bispo Patrício (São Patrício) como continuador da obra missionária. Lutou ferozmente contra os Novacianos, em Roma, aprisionando o bispo deles e proibindo seus cultos.
São Celestino I faleceu santamente no dia 27 de julho de 432 e foi sepultado no cemitério de Santa Priscila, mas seus restos mortais encontram-se na Basílica de Santa Praxedes no Esquillino. Foi com Celestino I que, pela primeira vez, se vê citado “bastão pastoral”, que atualmente é chamado de “Férula Papal”.

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