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Beata Mattia Nazzaréni

Abadessa Clarissa (†1320)

INNOCENTS

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Santo do dia


No dia 01 de março de 1253, nasceu a pequena Mattia, filha do casal Sibilla e Gualtiero, da nobre família Nazzareni de Matelica, uma comuna italiana da região das Marcas.
Desde os seus primeiros anos era voltada para Deus, de fato, apesar das aspirações de seu pai que se casasse com Piero de Walter Conti. Mattia optou por renunciar ao casamento e à rica herança familiar para se tornar filha de Santa Clara. Aos dezoito anos entrou no mosteiro de Santa Maria Madalena e apresentou-se à Abadessa, implorando-lhe que a aceitasse entre as Clarissas. A abadessa, temendo a ira do pai de Mattia, convenceu-a a voltar para casa, aguardando sua boa vontade paterna. Mattia não se persuadiu às razões da abadessa e foi rezar junto ao Santíssimo. Encontrou por acaso, num canto, um velho hábito e vestiu-o, cortou as tranças louras e se prostrou diante da imagem do Crucifixo, pediu ajuda ao Senhor. Quando seu pai chegou ao mosteiro, ficou impressionado com a determinação de sua filha e desistiu de levá-la para casa. Assim, começou para Mattia o seu noviciado marcado pela oração, pelo jejum e pela dedicação às obras mais humildes do mosteiro, tornando-se logo modelo para as religiosas observadoras da Santa Regra.
Em 10 de agosto de 1271 renunciou ao seu patrimônio dando parte aos pobres e parte do mosteiro e professou seus votos solenes. Em 1279, a abadessa morreu, a comunidade unanimemente elegeu a irmã Mattia, pela conduta louvável, piedade e zelo.
Irmã Mattia exerceu este cargo por quarenta anos consecutivos, isto é, até a sua morte. Durante seu abaciado, Mattia completou dois empreendimentos materiais, muito difíceis se pensarmos que a comunidade vivia em extrema pobreza: a igreja e o mosteiro. A igreja era muito pequena e o mosteiro estreito demais para acomodar os muitos jovens que, por trás do exemplo e da fama de Mattia, pediram para viver sob a Regra de Santa Clara. Irmã Mattia era tão sensível aos infortúnios do próximo que se chamava “mãe da caridade” e estava sempre pronta para consolar os aflitos com palavras que traziam paz e serenidade. Depois de 48 anos de incessante oração, penitência e dedicação pelo próximo, Irmã Mattia pressagiou o dia e a hora de sua morte.
Foi no dia 28 de dezembro de 1320, a Beata tinha 67 anos. Ela acabara de morrer, quando Deus já mostrava com novos milagres a glória de sua fiel esposa. O corpo da bem-aventurada emanava uma fragrância do Paraíso, que inundou todo o mosteiro, envolto em um raio de luz para atrair a atenção dos concidadãos que corriam para ver o fenômeno extraordinário. Estes viram no meio de tanto esplendor uma estrela brilhante, que com seu raio colocado no corpo da beata, como se para testemunhar sua santidade.
Em 27 de julho de 1765, o papa Clemente XIII aprovou o decreto de beatificação.
Os prodígios feitos pela beata fizeram uma reputação que cruzou os limites de Matelica e causou uma contínua investida de crentes. Esse crescente influxo de peregrinos ao longo dos séculos determinou três transladações do corpo venerável, para melhor destiná-lo a lugar privilegiado em sua igreja. A cada transladação, o corpo da beata e suas relíquias emanavam um prodigioso sangramento, um fenômeno que se repetia mesmo a cada reconhecimento cadavérico.
Os panos manchados pelo Sangue, divididos em pequenos pedaços, ainda hoje são distribuídos entre os muitos devotos da beata como relíquias em sinal de proteção.

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