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Bem-aventurada Margarida Pole

Mártir († 1541)

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Antoine Mekary | Aleteia

Margarida nasceu em Somerset, um condado cerimonial e não-metropolitano no sudoeste da Inglaterra, no dia 14 de agosto de 1473.
Foi criada na corte com os filhos de Eduardo IV, pois seus pais morreram quando ainda era criança.
Segundo o costume da época, aos 18 anos as donzelas eram dadas em casamento. Casaram-na com Sir Reginaldo Pole de Buckinghamshire, que, no entanto, 12 anos depois a deixou viúva com cinco filhos para criar e, além disto, em consideráveis dificuldades financeiras, pois sua família fora despojada de todas as propriedades e títulos de nobreza.
Devia ser um modelo de mãe e viúva, bem como de devoção e piedade, pois Henrique VIII, que ascendeu ao trono em 1509, a considerava “a mulher mais santa da Inglaterra”. A estima do rei por ela era tão alta que ele fez com que fossem devolvidos todos os seus bens confiscados, restituiu todos os direitos de sua família – dando-lhe o título de condessa de Salisbury- e até mesmo confiou a ela a educação da princesa Mary, sua filha.
No entanto, sua reabilitação foi tão rápida quanto sua queda em desgraça: na verdade, a condessa Margarida, sim, havia caído nas boas graças do rei, mas não era tão dominada por ele a ponto de endossar o casamento que Henrique VIII celebrou com Anna Bolena, após se divorciar de sua esposa. Na verdade, ela o desaprovava de forma tão decisiva e pública que atraiu a ira do rei que, em primeiro lugar, a exonerou do cargo de governanta da princesa e a forçou a deixar a corte.
Ela foi readmitida à corte após a morte de Anna Bolena, mas então suas relações com o rei estavam definitivamente comprometidas.
Certamente, para agravar as já delicadas relações, um escrito do filho de Margarida (Reginaldo, futuro cardeal) contribuiu em favor da unidade da Igreja e contra a supremacia do rei, que ficou tão aborrecido que pensou em se livrar de toda a família.
Falsas testemunhas acusaram Margarida de conspiração. Submetida a um interrogatório exaustivo durante um dia inteiro, ela enfrentou seus acusadores com sua capacidade intelectual e, acima de tudo, com sua dignidade e estatura moral que todos reconheciam. Apesar disso, e portanto sem qualquer acusação, mas apenas com base em calúnias, ela ficou presa na Torre de Londres por quase dois anos, sofrendo de frio e fome. Como nenhum tribunal desejava julgá-la e condená-la, optaram por não a julgar, privando-a, assim, da oportunidade de se defender.
Condenaram-na à morte por decapitação, executada em 27 (ou 28) de maio de 1541, por um carrasco desajeitado que, cometendo um erro no golpe, acabou prolongando seu sofrimento.
Em 2 de fevereiro de 1886, o Papa Leão XIII proclamou Bem-Aventurada Margarida Pole, a condessa que não teve medo de se opor ao rei, mesmo à custa de sua própria vida.

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