São José Tuan

Em 1811, José Tuan nasceu em Trần Xá, na província de Hưng Yên, no atual Vietnã. Seus pais, camponeses humildes, muito atentos à educação moral dos filhos, ensinaram-os a respeitar os familiares e o próximo, segundo os princípios do cristianismo que começaram a difundir-se no país.
Por ter mostrado, desde a infância, sinais de uma provável vocação religiosa, foi escolhido para estudar no seminário. Com a ordenação sacerdotal e o ingresso entre os padres dominicanos, que já havia conhecido em sua comunidade cristã de origem, colocou-se totalmente a serviço do Evangelho, apesar da fúria do imperador Tu Duc, que desencadeou uma feroz perseguição contra aqueles que ele escolhia, que haviam rejeitado a religião de seus ancestrais. Apesar das dificuldades, o Padre José tornou-se um verdadeiro exemplo para todos, exercendo frutuosamente seu ministério.
No início de 1861, enquanto servia na paróquia de Ngọc Đồng, foi chamado para administrar os sacramentos à sua mãe gravemente enferma. Um homem, para obter a recompensa dos delatores, denunciou-o às autoridades e assim padre José foi aprisionado em Na Bai, na localidade de Tonquin.
Embora acorrentado e sujeito a inúmeras torturas, ele não abjurou de sua fé e continuamente proclamou o amor infinito de Deus, encorajando seus companheiros de prisão. Depois de alguns meses, veio sua condenação à morte. Uma testemunha ocular, Anna Bing, afirmou que o viu ir para a execução com um rosto feliz, embora caminhando com dificuldade, pois estava acorrentado nos pés. Ele ajoelhou-se e, depois de gritar o nome de Jesus, esperou calmamente ser decapitado. Após a execução, a mulher conseguiu molhar um lenço em seu sangue, para ser guardado como relíquia: era 30 de abril de 1861 e o mártir contava com cerca de quarenta anos.
Sua causa de beatificação foi unida com a de outros 24 mártires da perseguição no Vietnã. Estes foram beatificados pelo Papa Pio XII em 29 de abril de 1951.
O grupo foi incluído no grupo maior dos 117 mártires, encabeçado por Santo André Dung-Lac, e foi canonizado por São João Paulo II em 19 de junho de 1988.