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Bem-aventurado Joaquim de Fiore

Abade (+1202)

The Thrones

By inalex | shutterstock

Nascido por volta do ano 1130 em Cosenza, no sul da Itália, Joaquim de Fiore pode ser definido monge, abade, teólogo, exegeta, pensador, místico, asceta e profeta. Uma personalidade de alta complexidade, portanto. Sua vocação teria surgido após uma peregrinação até a Terra Santa: ao retornar, Joaquim se tornou monge cisterciense e, mais tarde, foi eleito abade. Após um período de crise espiritual – ele não desejava ser abade, mas apenas se dedicar ao estudo das Sagradas Escrituras – ele abandonou a ordem de Cister e foi viver como eremita por um breve espaço de tempo. Em seguida fundou a congregação florense, que tomou o nome do mosteiro de são João in Fiore. Em meados de 1202 ele falece em localidade incerta – creditam-se diferentes lugares como possíveis locais de sua morte. Na época em que morreu, um jovem chamado Francisco, doente e prisioneiro, engendrava uma conversão pessoal inspirada na pobreza: era o futuro são Francisco de Assis. A obra de Joaquim de Fiore é bastante extensa. Famosas são suas considerações sobre as “idades”; ele havia previsto uma “terceira idade”, a idade o “Espírito Santo”, que seria um período de regeneração da Igreja e da sociedade, com o retorno à primitiva pobreza e humildade. Suas visões e escritos suscitaram algumas dúvidas, de modo que em 1215, o concílio Lateranense IV, condenou uma opinião atribuída a Joaquim, mas sem condenar sua pessoa. Apesar disso, sua fama de santidade perdurou ao longo do tempo, a ponto de Dante Alighieri, o grande poeta italiano, autor da obra A Divina Comédia, o coloca no paraíso, junto aos bem-aventurados sábios. Em 2001, a diocese de Consenza (Itália) reabriu seu processo de canonização, com a intenção que a Igreja possa reconhecer, em breve, a santidade do Bem-aventurado abade Joaquim de Fiore.

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