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São Cuthbert Mayne

Mártir (†1577)

DARY DUCHA ŚWIĘTEGO

Pexels | CC0

Santo do dia

Mayne nasceu no ano de 1543, em Youlston, perto de Barnstaple em Devon, filho de William Mayne. Foi batizado na Igreja de São Pedro, Shirwell em 20 de março de 1543/4, dia da festa de São Cuthbert. Seu tio, que era sacerdote da Igreja da Inglaterra, pagou para ele fosse para a Barnstaple Grammar School.
Mayne foi instituído administrador da paróquia de Huntshaw em dezembro de 1561. Frequentou a Universidade de Oxford, primeiro em St. Alban Hall, em seguida no St. John’s College, e recebeu o grau de bacharel em 6 de abril de 1566 e mestrado em 8 de abril 1570.
Em Oxford, Mayne conheceu Edmund Campion e outros católicos, como Gregory Martin, Humphrey Ely, Henry Shaw, Thomas Bramston, Henry Holland, Jonas Meredith e Roland Russell. Em algum momento, Mayne também se tornou católico. No final de 1570, uma carta endereçada a ele por Gregory Martin, instando-o a vir para Douai, caiu nas mãos do bispo de Londres, e ele deu ordem de prisão a Mayne e a outros mencionados na carta. Avisado por Thomas Ford, Mayne escapou de ser preso, indo para a Cornualha e depois, em 1573, para o Colégio Inglês, Douai (agora no norte da França).
Mayne foi ordenado sacerdote da Igreja Católica Romana, em Douai, em 1575, e em 7 de fevereiro do ano seguinte obteve o grau de Bacharel em Teologia, na Universidade de Douai.
Em 24 de abril de 1576, ele partiu para a missão inglesa na companhia de outro padre, John Payne. Os missionários de Douai eram vistos como agentes papais decididos a derrubar a rainha. As autoridades começaram uma busca sistemática em junho de 1576, quando o bispo de Exeter, William Bradbridge, chegou à Cornualha.
Em 8 de junho de 1577, o chefe de polícia da Cornualha, Richard Grenville, conduziu uma incursão na casa onde estava hospedado Mayne à qual os oficiais da coroa “invadiram e bateram à porta” do quarto de Mayne. Ao entrarem descobriram um artigo devocional católico, um Agnus Dei, ao redor do pescoço de Mayne, e o levaram sob custódia junto com seus livros e documentos.
Enquanto aguardava julgamento no circuito em setembro, Mayne foi preso no Castelo de Launceston. Em seu julgamento o juiz de primeira instância, juiz Sir Roger Manwood, ordenou que o júri retornasse um veredicto de culpa, afirmando que “onde quer que houvesse provas claras, fortes pressuposições deveriam ocorrer”. Manwood também argumentou que era ilegal introduzir qualquer carta papal no país, não importando o que fosse. O júri considerou Mayne culpado de alta traição em todos os aspectos, e, consequentemente, ele foi condenado a ser enforcado, arrastado e esquartejado. Mayne respondeu: “Deo gratias”.
Uma forca foi erguida no mercado em Launceston, e Mayne foi executado em 29 de novembro de 1577. Antes de ser levado para ao local da execução, foi oferecido a Mayne a possibilidade de renunciar à Igreja Católica e reconhecer a supremacia da rainha como chefe da igreja. Recusando ambas as ofertas, ele beijou uma cópia da Bíblia, declarando que “a rainha nunca foi, nem é, nem jamais será, a cabeça da igreja da Inglaterra”. Ele não teve permissão para falar com o público, mas apenas para dizer suas preces em voz baixa.
Mayne foi beatificado pelo Papa Leão XIII, por meio de um decreto em 29 de dezembro de 1886 e foi canonizado junto com outros mártires da Inglaterra e do País de Gales pelo Papa Paulo VI em 25 de outubro de 1970.

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