Bem-aventurada Aurora Lopez Gonzalez

Seus pais, José e Eusébia, se preocuparam em batizar logo a filhinha, nascida no dia 29 de maio de 1850 nas proximidades de Madrid; o nome escolhido foi Justa Lopez Gonzales e seus pais se encarregaram de educá-la na fé cristã. Desde pequenina sentiu o chamado para a vida religiosa, de modo que em 1874, a jovem Justa entrou como postulante no Instituto das Irmãs Servas de Marias Ministras dos Enfermos, na casa que ficava nas cercanias do El Escorial. Seu noviciado se deu na Casa Madre em Madrid e, em 1885 emitiria seus votos perpétuos, assumindo o nome religioso de Aurora. Logo em seguida é nomeada como superiora da casa situada em Arévalo e nos anos seguintes viverá por alguns períodos em diversas casas da comunidade. As testemunhas são unânimes em dizer que Irmã Aurora era uma pessoa simples, mas de grande coragem e sobriedade. Em diversas ocasiões demonstrou seu zelo pelo Instituto não hesitando em desempenhar os mais variados serviços, até mesmo os mais humildes. Suas visitas ao Santíssimo Sacramento eram muito frequentes. Com a deflagração da guerra civil espanhola, em julho de 1936, as Irmãs receberam o comunicado que deveriam se dispersar e se esconder em meio a famílias amigas. Em meio à perseguição, tiveram que abandonar o uso do hábito: para Irmã Aurora foi uma das coisas mais difíceis; quando chegou sua vez, prorrompeu num grande pranto. A casa que acolheu algumas Irmãs foi invadida por milicianos que desejavam prender todos que ali estavam. Uma das Irmãs, em defesa da família, suplicou aos milicianos que não tocassem em nenhum membro da família, já que elas, de bom grado, se entregavam aos seus algozes. Irmã Aurora e outras duas irmãs provavelmente foram mortas na noite entre 6 e 7 de dezembro de 1936, fuziladas. No dia 3 de junho de 2013, o Papa Francisco assinou o decreto que reconhecia o assassinato das Irmãs em ódio à fé. No dia 13 de outubro do mesmo ano, Irmã Aurora e companheiras foram beatificadas numa celebração ocorrida em Tarragona.