São Maurílio de Rouen

Nasceu numa família nobre da venerável cidade francesa de Reims. Seus estudos foram realizados em Liege e na Saxônia. Ao retornar para sua pátria, Maurílio tornou-se monge em Fécamp. Após alguns anos de vida cenobítica, isto é, numa comunidade de monges, Maurílio pediu ao seu abade a possibilidade de viver como monge eremita. Obtida a permissão, se retirou para a Itália, em busca de um local onde pudesse viver a vida solitária, me total dedicação à oração e ao trabalho manual. Sua fama de santidade log se espalhou, a tal ponto que chegou a ser convidado para desempenhar a função de abade no mosteiro de Santa Maria de Florença. No entanto, sua vida virtuosa e extremamente rigorosa, se chocou com a sensibilidade dos monges desse mosteiro, que, para se livrarem do novo abade, tentaram – assim como havia ocorrido com São Bento – envenená-lo. Ao descobrir o complô, Maurílio abandonou o mosteiro e voltou para sua pátria. Nesse período Maurílio iria se tornar bispo: o duque da Normandia, por razões políticas, depôs o bispo de Rouen, Maugero. Em seu lugar mandou chamar Maurílio, um sinal inequívoco de seu desejo de contar com um bispo reformador dos costumes, principalmente do clero. Efetivamente, Maurílio teve um ministério episcopal muito empreendedor: participou de vários concílios locais e convocou uma assembleia para a participação dos clérigos e dos leitos; o objetivo era conseguir a “trégua de Deus”, ou seja, a pacificação das grandes famílias que viviam num estado de guerra permanente umas contra as outras. Em 1063, Maurílio consagra a catedral de Rouen e em 1067, a igreja abacial de Jumièges. Sua morte ocorreu no dia 9 de agosto de 1067 e, segundo uma narrativa legendária, quando seu corpo estava sendo transportado para a igreja, para os funerais, recobrou a vida e começou a descrever as visões que do além ele teria tido, falando dos batalhões de santos e visões de demônios horríveis, bem como de uma multidão de danados. Ademais, ele teria voltado à vida para advertir seu povo sobre o perigo da uma vida manchada pelo pecado; em seguida, o bispo teria realmente expirado. Seu túmulo, infelizmente, foi destruído pelos huguenotes em 1562, no contexto das guerras de religião. É recordado pela Igreja no dia 9 de agosto