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São Gregório VII 157°

Papa da Igreja Católica († 1085)

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Shutterstock | Pazargic Liviu

Nasceu em Sovana, perto de Grosseto, na Toscana italiana por volta de 1020. Seu pai era ferreiro de profissão e batizou-o com o nome de Hildebrando.
Hildebrando cresceu no ambiente da Igreja romana ao ser confiado a seu tio, abade do mosteiro beneditino de Santa Maria, em Aventino. Foi então educado por dois tutores famosos: Lorenzo, ex-arcebispo de Amalfi, e o arcipreste Giovanni Graziano.
Em 1045 Hildebrando foi nomeado secretário do Papa Gregório VI, cargo que ocuparia até 1046 quando acompanhou esse Papa ao seu exílio em Colônia. Nesse mesmo ano Gregório VI faleceu e Hildebrando entrou para o mosteiro beneditino de Cluny, onde adquiriu as ideias reformistas que regeram o resto da sua vida e que o fariam encabeçar a chamada Reforma Gregoriana.
Em 1049, regressou a Roma porque foi chamado pelo Papa Leão IX para atuar como legado pontifício. Tal função permitiu que ele conhecesse os centros de poder da Europa. Atuando como legado esteve em 1056 na corte alemã, para informar da eleição como Papa de Vitor II e quando este faleceu e foi escolhido como seu sucessor o antipapa Bento X. Hildebrando opôs-se a esta eleição e conseguiu que se elegesse o Papa Nicolau II. Em 1059 foi nomeado por Nicolau II, arquidiácono e administrador efetivo dos bens da Igreja, cargo que o levou a alcançar muito poder na Igreja.
Em 1066, favoreceu a ocupação da Inglaterra por Guilherme I, duque da Normandia. Nessa expedição ele visualizou, numa cruzada e em seu líder, um campeão da Igreja contra a simonia. Também se sabe o quanto trabalhou pela extinção da heresia de Berengário – que ensinava em Tours – que afirmava erroneamente que a Eucaristia era apenas um sinal ou símbolo do corpo de Cristo.
Hildebrando foi eleito Papa em 1073, mas sua eleição foi considerada fora do padrão habitual, já que não era sacerdote quando foi eleito Papa e foi eleito pór aclamação popular, assumindo o nome de Gregório VII. O problema é que em 1059 um concílio havia estabelecido que a papal só podia ser feita por meio do colégio cardinalício, nunca por aclamação popular. Não obstante, três meses depois de já ser Papa obteve a consagração episcopal, em 30 de junho de 1073.
Muito combativo em favor dos direitos da Igreja, enfrentou o imperador Henrique IV do Sacro Império Romano, em defesa da superioridade do Poder Espiritual sobre o Poder Temporal. Ao longo do século XX, os historiadores vincularam seu nome a um vasto programa de reforma da cristandade, movimento que ficaria conhecido como reforma gregoriana.
Publicou o Dictatus Papae, em 1075, documento em que, por meio de 27 proposições, expressou suas ideias sobre o papel do Pontífice na sua relação com os poderes temporais, especialmente com os imperadores do Sacro Império.
Gregório centralizou em Roma todas as querelas de intermediação importantes, coincidindo naturalmente numa diminuição do poder dos bispos locais, o que motivou algumas disputas entre as esferas mais altas do clero. A batalha pelos fundamentos da supremacia papal teve seu apogeu na obrigatoriedade do celibato do clero e no ataque à simonia. Gregório VII não introduziu o celibato mas, o defendeu com maior energia do que os seus antecessores. Em 1074, publicou uma encíclica dispensando de obediência ao Papa os bispos que permitiam o casamento de sacerdotes. No ano seguinte, sob fortes protestos e resistências, concretizou medidas contra estes, privando-os dos rendimentos.
Seu pontificado decorreu até 25 de maio de 1085, dia de seu falecimento em Salerno. Estava com 65 anos de idade e faleceu abandonado pelos romanos e pela maior parte dos seus apoiadores, devido à sua postura firme de reconstrução moral e ética na Igreja.
Foi beatificado em 1584 pelo Papa Gregório XIII e canonizado pelo Papa Bento XIII em 24 de maio de 1728.

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