Aleteia logoAleteia logoAleteia
Sexta-feira 19 Abril |
Aleteia logo
Oração do dia
Festividade do diaHistórias de Santos

Santo Agostinho Schoeffler

Sacerdote e mártir (†1851)

lr9507942

©Luisa Ricciarini/Leemage

Le pere eternel (Dieu) et les cherubins. Dieu a les doigts de la main droite leves en signe de benediction, il tient un globe dans la main gauche. Peinture de l'ecole de Bernardino di Betto dit il Pinturicchio (1454-1513). Huile sur bois. Sant' Agostino, Chapelle de San Pietro ©Luisa Ricciarini/Leemage

Santo Agostinho Schoeffler

A primeiras notícias de uma evangelização mais sistemática na Cochinchina (nome que os navegadores portugueses haviam dado à região do atual Vietnã) são do século XVII. Em 1627 aí chegou o padre jesuíta Alexandre Rodhes com algum companheiro e logo conseguiram estabelecer com certo sucesso – fala-se se três mil batismos realizados – uma jovem comunidade cristã. Por inveja, padre Alexandre foi exilado pelo rei local, mas no ano de 1631, outros jesuítas conseguiram secretamente entrar novamente na região por meio da ajuda de alguns missionários de outras Ordens religiosas. Num tempo relativamente curto, a comunidade cristã dessa região prosperou com inúmeras conversões. Para fazer frente às necessidades dessa e de outras missões, acabou sendo fundado um seminário em Paris: era o assim chamado “Seminário das Missões Estrangeiras”. Muitos alunos que aí estudaram e partiram para a missão, se tornaram mártires e foram canonizados. Esse foi o caso do padre Agostinho Schoeffler. Nascido aos 22 de novembro de 1822 na região francesa da Lorena, primeiro estudou no seminário diocesano de Nancy e, posteriormente, sentido um chamado profundo para se tornar missionário, entrou no seminário de Paris para terminar seus estudos. Desde quando havia entrado nesse seminário missionário, padre Agostinho havia sempre manifestado um desejo de tomar parte na evangelização do Vietnã, mesmo sabendo que naquele momento da história, o cristianismo estava sendo brutalmente perseguido pelos governantes locais. Em suas cartas, conservadas até hoje, padre Agostinho deixou-nos alguns testemunhos tocantes: “O bom Deus haverá de me dar a graça do martírio; eu a peço todos os dias”; “Sofro muito, mas aos pés da cruz… o que pode ser mais doce?”. Em 1847, padre Agostinho tem seu desejo missionário realizado: parte de Paris com destino a Hong-Kong. Após cinco meses de navegação, aí chegará e começará seu trabalho missionário. Após algumas peripécias, consegue chegar à fronteira norte do Vietnã enfrentando perigos a todo instante. Apesar disso, começa a estudar com afinco a língua e os costumes do povo vietnamita. Ainda pôde trabalhar na evangelização por alguns poucos anos, até que a ocasião do martírio apareceu: as autoridades emitiram um documento em que se ordenava explicitamente a perseguição dos cristãos. Os mandarins eram constantemente impelidos a perseguir e prender missionários, principalmente europeus, porque considerados um perigo para a sociedade. Uma recompensa em dinheiro havia sido oferecida a quem quer que conseguisse capturar um missionário. No 1º dia de março, do ano de 1851, enquanto padre Agostinho e alguns catequizandos caminhavam pela estrada, guardas saíram dos matos que ladeavam a estrada para prendê-los: Padre Agostinho fora preso à traição, delatado por um de seus guias. Durante o percurso que deveria conduzi-los perante o mandarim, o chefe dos guardas propôs a padre Agostinho a libertação de todos mediante o pagamento de um resgate. Intuindo uma possibilidade de libertação para seus companheiros, ele disse ao chefe que ficaria como refém enquanto os demais iriam procurar o dinheiro para a libertação. Alegre por ter conseguido salvar seus companheiros, padre Agostinho se deixou conduzir para seu julgamento, sabendo que seu fim seria a morte, já que seria impossível arrecadas toda aquela quantidade de dinheiro. Após o julgamento pelos mandarins, padre Agostinho teve que aguardar a sentença que viria da capital do reino. Durante esse tempo de espera pode anunciar Jesus Cristo aos seus guardas e dar mostras de grande fé. Por fim, com a chegada da sentença de morte, padre Agostinho foi conduzido até a proximidade de um dos rios da região e foi aí sumariamente decapitado. Sua cabeça foi jogada no rio e seu corpo foi recuperado pela comunidade que pôde dar-lhe um enterro cristão. Em 1900, o papa Leão XIII declarou padre Agostinho bem-aventurado e em 1988, o papa São João Paulo II, o canonizou juntamente com outras 116 pessoas que testemunharam sua fé cristã no Vietnã.

A primeiras notícias de uma evangelização mais sistemática na Cochinchina (nome que os navegadores portugueses haviam dado à região do atual Vietnã) são do século XVII. Em 1627 aí chegou o padre jesuíta Alexandre Rodhes com algum companheiro e logo conseguiram estabelecer com certo sucesso – fala-se se três mil batismos realizados – uma jovem comunidade cristã. Por inveja, padre Alexandre foi exilado pelo rei local, mas no ano de 1631, outros jesuítas conseguiram secretamente entrar novamente na região por meio da ajuda de alguns missionários de outras Ordens religiosas. Num tempo relativamente curto, a comunidade cristã dessa região prosperou com inúmeras conversões. Para fazer frente às necessidades dessa e de outras missões, acabou sendo fundado um seminário em Paris: era o assim chamado “Seminário das Missões Estrangeiras”. Muitos alunos que aí estudaram e partiram para a missão, se tornaram mártires e foram canonizados. Esse foi o caso do padre Agostinho Schoeffler. Nascido aos 22 de novembro de 1822 na região francesa da Lorena, primeiro estudou no seminário diocesano de Nancy e, posteriormente, sentido um chamado profundo para se tornar missionário, entrou no seminário de Paris para terminar seus estudos. Desde quando havia entrado nesse seminário missionário, padre Agostinho havia sempre manifestado um desejo de tomar parte na evangelização do Vietnã, mesmo sabendo que naquele momento da história, o cristianismo estava sendo brutalmente perseguido pelos governantes locais. Em suas cartas, conservadas até hoje, padre Agostinho deixou-nos alguns testemunhos tocantes: “O bom Deus haverá de me dar a graça do martírio; eu a peço todos os dias”; “Sofro muito, mas aos pés da cruz… o que pode ser mais doce?”. Em 1847, padre Agostinho tem seu desejo missionário realizado: parte de Paris com destino a Hong-Kong. Após cinco meses de navegação, aí chegará e começará seu trabalho missionário. Após algumas peripécias, consegue chegar à fronteira norte do Vietnã enfrentando perigos a todo instante. Apesar disso, começa a estudar com afinco a língua e os costumes do povo vietnamita. Ainda pôde trabalhar na evangelização por alguns poucos anos, até que a ocasião do martírio apareceu: as autoridades emitiram um documento em que se ordenava explicitamente a perseguição dos cristãos. Os mandarins eram constantemente impelidos a perseguir e prender missionários, principalmente europeus, porque considerados um perigo para a sociedade. Uma recompensa em dinheiro havia sido oferecida a quem quer que conseguisse capturar um missionário. No 1º dia de março, do ano de 1851, enquanto padre Agostinho e alguns catequizandos caminhavam pela estrada, guardas saíram dos matos que ladeavam a estrada para prendê-los: Padre Agostinho fora preso à traição, delatado por um de seus guias. Durante o percurso que deveria conduzi-los perante o mandarim, o chefe dos guardas propôs a padre Agostinho a libertação de todos mediante o pagamento de um resgate. Intuindo uma possibilidade de libertação para seus companheiros, ele disse ao chefe que ficaria como refém enquanto os demais iriam procurar o dinheiro para a libertação. Alegre por ter conseguido salvar seus companheiros, padre Agostinho se deixou conduzir para seu julgamento, sabendo que seu fim seria a morte, já que seria impossível arrecadas toda aquela quantidade de dinheiro. Após o julgamento pelos mandarins, padre Agostinho teve que aguardar a sentença que viria da capital do reino. Durante esse tempo de espera pode anunciar Jesus Cristo aos seus guardas e dar mostras de grande fé. Por fim, com a chegada da sentença de morte, padre Agostinho foi conduzido até a proximidade de um dos rios da região e foi aí sumariamente decapitado. Sua cabeça foi jogada no rio e seu corpo foi recuperado pela comunidade que pôde dar-lhe um enterro cristão. Em 1900, o papa Leão XIII declarou padre Agostinho bem-aventurado e em 1988, o papa São João Paulo II, o canonizou juntamente com outras 116 pessoas que testemunharam sua fé cristã no Vietnã.

Descubra outros santos clicando aqui

Top 10
Ver mais