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São Daniel Comboni

Bispo (†1881)

JOHN

Public Domain

No ano de 1857, cinco missionários italianos haviam partido para a evangelização da África; dois anos depois, três já haviam morrido e os outros dois sobreviventes haviam subido até o Cairo, capital do Egito, em busca de um alívio na dura prova. Um desses sobreviventes, Daniel Comboni, retorna para o norte da Itália, alquebrado pelas doenças e cansaço. Mas não se deixa abater: reflete longamente sobre essa tentativa frustrada de evangelização – e sobre tantas outras ocorridas antes dele –, e chega a uma conclusão, que será posteriormente a base de um “Projeto” de evangelização; redigido por ele em Roma no ano de 1864, Comboni solicita nesse plano que toda a Igreja que se empenhe na formação religiosa e na promoção humana da África. Apesar da boa acolhida, esse projeto fica engavetado… o próprio Comboni se encontrará sozinho e abandonado por todos em sua bandeira a favor da África. Mas, mais uma vez, não se desanima: ele se torna uma voz de denúncia, colocando o dedo na chaga da escravidão, que nessa época era apoiada por vários países europeus. Sua paixão pela evangelização o leva a encontrar finalmente apoio na pessoa de seu bispo, D. Luigi Canossa, que acabará por ajudá-lo a retornar em 1867 ao continente africano. Montará uma base no Cairo, e ali, com um grupo de trinta missionários, começa sua missão em direção ao Sul do continente.

Sua intuição levava a favorecer na missão o elemento cultural africano; de fato ele costumava dizer: “A África deve ser salva com a África!”. Com efeito, Comboni, além de manter alunos negros nas escolas que vai abrindo, trabalha também com professoras negras. Muitos achavam estranho esse seu modo de agir, pois nesse contexto histórico – de forte colonialismo das nações europeias – na visão de muitos missionários europeus, os negros africanos deviam apenas ter um papel muito secundário, ou mesmo passivo. Seus trabalhos pastorais são enormes, a tal ponto que se tornará bispo e, posteriormente, vigário apostólico para toda a África central.

Para os africanos, Daniel Comboni é um santo em vida: procura atender a todos, principalmente os doentes e os desvalidos, até que no ano de 1881, em meio a epidemias de tifo e varíola, e em meio à assistência aos doentes, ele morre extenuado, numa casa rodeada por uma multidão chorosa. Seguindo o evangelho, São Daniel Comboni “perdeu sua vida” para encontrar a vida eterna. Sua obra recebeu continuidade por aqueles que o seguiram: os padres combonianos. Essa família religiosa se dedica até hoje à missão, especialmente na África: continuam inspirados por seu fundador, “perdendo sua vida” para encontrá-la junto ao Senhor e no serviço aos irmãos. São Daniel Comboni foi canonizado por São João Paulo II no dia 5 de outubro de 2003.

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