Aleteia logoAleteia logoAleteia
Quinta-feira 28 Março |
Aleteia logo
Oração do dia
Festividade do diaHistórias de Santos

Bem-aventurado Carlos Spínola

Jesuíta, Mártir (†1622)

BRIDGE

Public Domain

Nascido em 1564, talvez em Gênova, transcorreu sua juventude vivendo com o tio Felipe, bispo de Nola. Durante esse período fez os estudos clássicos. Com 2º anos de idade, ao saber do martírio do jesuíta Rodolfo Acquaviva na Índia, começou a ter uma crise de identidade sobre o sentido de sua própria vida. Aos poucos foi se convencendo que era necessário entrar na Companhia de Jesus. Assim o fez em 1584. Seu noviciado transcorreu em Nápoles e Lecce, durante esse tempo, teve como companheiro ninguém menos que São Luís Gonzaga. Após seus estudos filosóficos e teológicos foi ordenado presbítero em 1594, na cidade de Milão. Dois anos depois, partiu como missionário para o Japão. Uma tempestade ao longo do caminho fez com que o barco chegasse à costa do Brasil. Corsários ingleses acabaram aprisionando o navio e levando toda a tripulação e passageiros como reféns para a Inglaterra. Após algum tempo conseguiu a liberdade e voltar para Lisboa, em Portugal. Apenas em 1602 ele conseguiria chegar ao Japão: desembarcou em Nagasaki após uma viagem tormentosa e várias doenças. Após aprender a língua durante alguns anos, por mais de uma década se dedicou à catequese. Sua obra missionária teria levado à conversão e ao batismo mais de 50 mil japoneses. Entrementes, foi nomeado procurador da Província jesuítica e vigário do Provincial. Em 1614, sob forte perseguição do cristianismo em território japonês, foi viver na clandestinidade, mudando continuamente de domicílio para não ser descoberto. Assim viveu durante 4 anos até que, em 1618, mediante uma traição ele foi preso junto com outros cristãos. Por 4 anos viveu um inferno na prisão com outros cristãos: fome, frio, sujeira, eram o pão quotidiano. No dia 10 de setembro de 1622, Padre Carlos Spínola foi queimado vivo em fogo lento: amarrado ao poste e exposto às chamas entoou um canto de louvor a Deus e declarou às autoridades presentes que estava no Japão apenas pelo amor ao anúncio do Evangelho. Suas cinzas foram jogadas ao mar. No dia 7 de julho de 1867, Papa Pio IX o beatificou.

Descubra outros santos clicando aqui
Top 10
Ver mais