São Felipe de Agira

Ao que parece, era proveniente da região da Síria e foi oferecido por sua me a Deus por seus pais desde o nascimento. Aos 21 anos de idade foi em peregrinação para Roma. O navio em que viajava foi castigado por uma grande tempestade, quando todos acreditavam-se já perdidos, Felipe se pôs em oração e, imediatamente, a tempestade cessou. Aprendeu o latim e foi ordenado presbítero; recebeu em seguida, a missão de evangelizar a ilha da Sicília, no sul da península itálica, e de expulsar os demônios da cidade de Agira. Chegando na Sicília, foi morar numa gruta, afastado da cidade. Aí se dedicou à oração e, depois de dois dias de caminhada, subiu até o cume da montanha para rezar sobre a população. Diz-se que os demônios foram expulsos no mesmo instante; em seguida, ele desceu a montanha e foi viver na cidade de Agira até sua morte, ocorrida quando tinha aproximadamente 63 anos de idade. Segundo a tradição, seu corpo foi sepultado e sobre seu túmulo foi construída uma igreja com formato de cruz. Há várias histórias lendárias sobre sua ação como exorcista, uma delas diz que o Diabo fora aprisionado com correntes muito robustas e pesadas. Sem esforço algum, Satanás teria se libertado dessas correntes. Contudo, quando foi amarrado com alguns fios dos cabelos de São Felipe, o Diabo teve que suplicar aos demais demônios, que haviam sido mandados para o inferno mediante a oração do santo, para que o ajudassem a se libertar de tais “correntes” tão poderosas. Um relato do século XVI, dá conta de que no dia 12 de maio, mais de duzentos endemoniados foram libertos ao irem até a igreja de São Felipe, em Agira.