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São Martinho I

Papa e Mártir (†655)

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AFP

Nasceu em Todi, na região de Perugia, Itália, provavelmente em 590. Não se sabe muito sobre sua juventude e formação religiosa.
Viveu num século conturbado pelo assim chamado cesaropapismo, que consiste na intromissão do poder civil (daí César, imperador) em assuntos próprios e exclusivos da Igreja (daí Papa, papismo). O cesaropapismo foi característica dos imperadores cristãos bizantinos. Martinho fora representante papal na corte bizantina de Constantinopla. Era célebre entre o clero de Roma pelo seu saber e santidade. Eleito Papa em 21 de julho de 649, fez-se consagrar sem esperar ser aprovado pelo imperador Constante II, que manifestou sua insatisfação pelo gesto.
Na Igreja oriental do século VII estava candente a controvérsia sobre se havia em Cristo uma só ou duas vontades. Vários imperadores se pronunciaram nesta questão da esfera exclusivamente eclesiástica. Martinho I, no Concílio de Latrão (649), realizado em Roma, declarou como verdade de fé a tese em favor de duas vontades em Jesus Cristo, a humana e a divina. Foi sua decisiva tomada de posição nesta questão teológica, que por sinal era de sua competência, que o levou à morte. Condenou e afastou os escritos dos bizantinos Heráclito e Constante II. O imperador Constante II apoiava a tese do monotelismo, ou seja, de uma única vontade em Cristo, coerente com a heresia dos monofisitas que defendiam uma só natureza em Cristo. Mandou Teodoro Calíope aprisionar o Papa, levando-o à força para Constantinopla. Martinho saiu de Roma aprisionado em 18 de junho de 653. Em Constantinopla sofreu juízo infame, sendo condenado à morte. Após ser forçado a renunciar, teve a pena capital suspensa, sendo encarcerado e submetido a maus-tratos. Foi desterrado para a ilha de Naxos e declarado herege, inimigo da Igreja e do Estado. No cárcere teve ainda que suportar as mais cruéis torturas. Depois, foi desterrado para Quersoneo, na Crimeia, aonde veio a falecer, a 16 de setembro de 655 no meio das maiores privações, inclusive de fome e de sede.
A maior parte de suas relíquias foi transferida para Roma, onde repousa na Basílica de São Martino ai Monti.
Sua morte em defesa da fé liberdade eclesiástica valeu-lhe o título honorífico de mártir. Martinho I é o último da série de papas mártires.

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