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Bem-aventurada Francisca de Paula de Jesus (Nhá Chica)

Leiga (†1895)

egzorcyzm

Lutsenko_Oleksandr | Shutterstock

“Nhá Chica”, assim foi conhecida em vida no Brasil. Nascida em 1808, filha de uma escrava e de pai desconhecido, provavelmente o dono da fazenda onde sua mãe trabalhava. No batismo, ela recebeu o nome de São Francisco de Paula. Libertadas da escravidão, mudaram-se – ela, a mãe e um irmão mais velho nascido de outra união – para a cidade. Pouco tempo depois, Nhá Chica ficou órfã. Completamente analfabeta, recebeu apenas educação religiosa de sua mãe, juntamente com a recomendação de viver uma vida retirada para melhor se dedicar à oração e à caridade: compromisso ao qual permanecerá fiel por toda a vida, apesar das inúmeras propostas de casamento que recebeu. Sem ter clareza sobre o que Deus queria dela, ela simplesmente começa a organizar reuniões diárias de oração em sua casa: é a única maneira à sua disposição para cuidar das necessidades espirituais das pessoas ao seu redor. Aos poucos as pessoas vão se achegando: individualmente ou em pequenos grupos, para despejar seus problemas dentro daquelas quatro paredes. Francisca recolhe tudo e apresenta tudo à “minha Senhora”, isto é, à Virgem Maria, representada numa humilde estatueta de terracota com a imagem da Imaculada Conceição. Incrivelmente, as intercessões apresentadas por meio da humilde Francisca encontram uma resposta, que com simplicidade desarmante não dizia outra coisa senão: “Eu lhe imploro e minha Senhora me responde”. Em busca de conselhos, sugestões, palavras de conforto, cura física ou espiritual, pessoas humildes e de alto escalão, conselheiros imperiais e profissionais, jovens e velhos, todos vêm até a casa da pobre Francisca.  De cada um ela leva à Nossa Senhora a mensagem. Sabe bem que seu papel é apenas o de levar as pessoas à Mãe de seu Senhor e por isso repete com frequência: “Respeito o que Nosso Senhora me diz e nada mais”. Ao receber uma herança de seu irmão, Francisca aproveita para organizar melhor suas obras de caridade e assistência, multiplicar suas esmolas, atender às mais diversas necessidades. Com parte desses bens “caídos do céu”, ela também pode realizar um desejo que, segundo ela, lhe foi pedido diretamente, e por muito tempo, por Nossa Senhora: construir uma capela dedicada à Imaculada Conceição. Assim que pode, porém, despoja-se de tudo, deixando a paróquia como herdeira de todos os seus bens e voltando a ser pobre como sempre e continuando a enriquecer espiritualmente. Faleceu em 14 de junho de 1895 e foi sepultada na capela que havia construído para o culto da Imaculada Conceição, à sombra da qual hoje se realizam muitas obras de assistência social. Foi beatificada no dia 4 de maio de 2013 em Baependi.

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