João Pedro Néel, Presbítero: Natural da França, da diocese de Lion, entrou no seminário e logo teve a inspiração de tornar missionário, desse modo optou por se transferir para o seminário das Missões estrangeiras em Paris, onde se preparou para se tornar missionário. Recebeu sua ordenação no ano de 1858 e nesse mesmo ano embarcou para a cidade chinesa de Cantão. Depois de sete meses de viagem conseguiu chegar na China. A situação que encontrou não era das melhores, já que havia uma guerra em ato dos chineses contra a França. Depois de algumas dificuldades iniciais, se dedicou à aprendizagem da língua e começou logo a se dedicar à catequese. Em 1861 foi envaido pelo vigário apostólico da região para ministrar o batismo a uma família da cidade de Kia-Cha-Long. Ao chegar na cidade, se dedicou à catequização de vários outros chineses que desejavam se aproximar do cristianismo. Em pouco tempo obteve cerca de 50 batismos, coisa que alarmou as autoridades locais que logo procuraram prendê-lo. No ano seguinte, mediante a informação de espiões, cerca de 100 soldados da guarda nacional entraram na aldeia onde estava Padre João Pedro. Na casa onde estava hospedado, além dele e do proprietário, um neófita cristão, foram presos também os catequistas Martinho Wu Suesheng e João Chen Xianheng. Padre João teve seus cabelos amarrados à cauda de um cavalo e foi arrastado até a cidade de Kay-Tcheou.
João Zhang Tianshen, o proprietário da casa, nasceu em 1805 e era um pequeno comerciante da região.
Martinho Wu Xuesheng, nascido em 1815, tinha pais cristãos e se dedicava de corpo e alma à catequese cristã, à difusão dos livros cristãos e ao batismo de crianças em perigo de morte. Recebeu o anúncio do cristianismo por parte de um cristão leigo chinês que o instruiu nas verdades da fé cristã. Acolhendo o anúncio se tornara catecúmeno e se dedicava a divulgar o cristianismo no seio de sua própria família e entre amigos.
João Chen Xianheng nasceu por volta do ano 1820. Seus pais eram pagãos; ao atingir a idade de 30 anos foi para a cidade Kouy-yang para resolver questões familiares. Aí chegando teve seu primeiro contato com o cristianismo, já que começou a conversar com alguns cristãos. Decidiu abraçar a nova fé e se fez batizar. Tornou-se catequista, se colocando a serviço dos missionários: fazia batismos e acompanhava os padres em suas missões.
Os quatro foram conduzidos até Kay-Tcheou e foram submetidos a interrogatórios que visavam a forçar o abandono da fé cristã. Todos permaneceram firmes na fé, mesmo sabendo que essa decisão iria lhes custar a vida. Foram conduzidos nus até o local da execução da pena. Mais uma vez foram convidados a apostatar. Diante da negativa, o verdugo decapitou primeiro o missionário e depois, os dois catequistas. Na esperança que à visão da morte dos três, João Zhang decidisse apostatar, ofereceram-lhe a possibilidade de libertação se renegasse a fé. Diante da proposta, ele respondeu valentemente: “Desejo apenas a herança eterna do céu”. Foi também ele decapitado. Suas cabeças cortadas foram expostas nos muros da cidade e os corpos abandonados para que as feras pudessem devorá-los. São João Paulo II os canonizou no dia 1º de outubro de 2000 no grupo dos “120 mártires” da China.
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Festividade do diaHistórias de SantosSantos João Pedro Néel, Martinho Wu Xuesheng, João Zhang Tianshen e João Chen Xianheng
Mártires (†1862)
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