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Beata Rafaela Ibarra de Vilallonga

(†1900)

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Antoine Mekary | ALETEIA

Rafaela nasceu numa família rica em 16 de janeiro de 1843, em Bilbao, Espanha. Seu batismo foi celebrado em sua paróquia local em 17 de janeiro e foi batizada com o nome de “Rafaela María de la Luz Estefanía de Ibarra i Arambarri”. Seus pais Gabriel Maria Ibarra y Gutiérrez de Cabiedes e Rosária de Arambarri y Mancebo, eram católicos fervorosos.
Sua confirmação foi realizada em 22 de maio de 1844 e sua primeira comunhão em 21 de maio de 1854, segundo o costume da época onde a confirmação se realizava antes da primeira comunhão. Já aos onze anos, quando fez a primeira comunhão, deu sinais de extraordinária piedade, sentindo consolações espirituais e sofrendo ao meditar a Paixão de Jesus.
Em 14 de setembro de 1861 casou-se com José de Vilallonga, catalão de família rica. O casal teve um total de sete filhos, mas dois morreram ainda bebês enquanto outro sofreu uma doença grave em sua vida. Rafaela passou os primeiros quinze anos de casamento, dedicando-se à família, que incluía seus filhos e seu marido, seus netos adotivos, pais idosos e outros parentes.
Rafaela sofreu uma doença grave quando estava em Paris e foi curada em uma viagem a Lourdes. Mas, infelizmente, na mesma data em que recebia a cura, sua mãe morria. De fato, tanto a cura como a morte de sua mãe ocorreram no dia 24 de setembro de 1883. Seu pai, mais tarde, a seguiu em 10 de agosto de 1890.
Sob a direção espiritual do jesuíta Francisco de Sales Muruzábal e com o consentimento de seu marido, Rafaela fez os votos de pobreza, obediência e castidade, os quais confirmou perpetuamente em 1890, acrescentando o de abraçar o estado religioso, se as condições familiares o permitissem. Seu marido morreu mais tarde em 7 de maio de 1898.
Bilbao passou por um rápido processo de industrialização e montou uma série de casas para crianças e adolescentes da classe trabalhadora, bem como oficinas para sua formação adequada. Rafaela Vilallonga promoveu várias instituições para o bem-estar das mulheres de Bilbao. A morte prematura de sua irmã Maria de Rosário a levou a criar e cuidar de seus sobrinhos meio órfãos, entre eles o linguista basco Julio Urquijo Ibarra.
Em 8 de dezembro de 1894 – ao lado de outras três pessoas – fez a promessa solene de ser mãe e educadora de todas as crianças pobres de Bilbao. Para alcançar seu objetivo, fundou uma ordem religiosa e em 2 de agosto de 1897 colocou a pedra fundamental para a casa-mãe da ordem em Zabalbide, em Bilbao, que foi inaugurada mais tarde em 24 de março de 1899. A ordem recebeu a aprovação diocesana após sua morte em 11 de março de 1901.
Rafaela Ibarra, viúva Vilallonga, faleceu tranquilamente aos 57 anos, em sua casa de Bilbao, em 23 de fevereiro de 1900.
Após seu falecimento uma comissão antepreparatória reuniu-se para discutir e aprovar a causa de beatificação em 19 de maio de 1964, assim como uma comissão preparatória em 15 de abril de 1969 e logo após uma geral em 12 de junho de 1969. O Papa Paulo VI tornou Rafaela Venerável em 16 de março de 1970, após confirmar que a falecida viúva levara uma vida cristã exemplar, de virtudes heroicas.
O processo de investigação de um milagre ocorreu em Buenos Aires, na Argentina, depois que o Cardeal Santiago Copello inaugurou o processo em 1955 e o fechou mais tarde em 1957. A Congregação para as Causas dos Santos validou o processo em 15 de março de 1974 antes que um conselho médico o aprovasse em 16 de julho de 1975. Os teólogos o aprovaram algum tempo depois, em 12 de julho de 1983, assim como a Congregação pela Causa dos Santos ( CCS), em 13 de setembro de 1983.
O Papa São João Paulo II concedeu a aprovação definitiva de que a cura foi um milagre e então beatificou Vilallonga em 30 de setembro de 1984 na Praça de São Pedro.

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