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São Charbel Makhlouf

Monge libanês (†1898)

CHARBEL MAKHLOUF

FOSS-the-world CC

Santo do dia

Youssef Antoun Makhlouf nasceu no dia 08 de maio de 1828, em Bekaa Kafra, o mais elevado povoado do norte do Líbano. Foi um dos cinco filhos do casal Antoun Zaarour Makhlouf e Brigitta Chidiac, que eram profundamente religiosos. Seu pai faleceu quando ele ainda tinha apenas 3 anos de idade. Sua mãe se casou de novo com um homem que posteriormente foi ordenado, conforme é permitido na tradição católica maronita, e se tornou pároco do vilarejo.

Desta forma, Youssef cresceu num ambiente piedoso e atraído pela vida eremítica, que era praticada por dois de seus tios. Quando jovem, era responsável por tomar conta do pequeno rebanho da família. Assim, costumava levar o rebanho para as cercanias de uma gruta, onde instalara um ícone da Virgem Maria e passava o dia rezando.

Aos 20 anos, percebeu que era o momento se decidir pela vida religiosa e deixou sua casa sem se despedir sequer da mãe, pois não queria que a família sofresse com a dor da despedida. Entrou no Mosteiro de Nossa Senhora em Mayfouq, seguindo depois para o Mosteiro de São Maron de Annaya, perto de Beirute.

No noviciado recebeu o nome de Charbel (Sarbélio), santo martirizado em Odessa. Como jovem monge, estudou filosofia e teologia no Mosteiro de São Cipriano e Justina, em Kfifan, no distrito de Batroun, para receber a sagrada ordem. Após seis anos de preparação, foi ordenado sacerdote em 23 de julho de 1859, em Bkerke.

Voltou então a viver no Mosteiro de São Maron de Annaya. No ano seguinte, escapou por pouco da horrível invasão turca, na qual milhares de jovens cristãos morreram e igrejas e mosteiros foram saqueados e destruídos.

Sua vida religiosa resumia-se à prática da profissão evangélica e da austeridade, assiduidade na oração e obediência aos superiores. Jamais se queixou da vida comunitária ou das incompreensões que sofria. Era profundamente humilde.

Em 1875, Charbel obteve permissão para viver como eremita no eremitério dos santos apóstolos Pedro e Paulo, a 1200 metros de altitude. Procurava, assim, viver na maior austeridade de vida, com mais rigor ainda do que no mosteiro, consagrando-se ao trabalho no campo, à oração e à penitência. Viveu 23 anos como eremita. Charbel não foi pregador, nem missionário. Contudo, o seu eremitério era muito procurado para conselho e orientação espiritual.

No dia 16 de dezembro de 1898, Charbel iniciou a celebração da Santa Missa. Ao recitar a prece “Pai da verdade, eis o Vosso Filho, vítima do vosso agrado! Aceitai-o”, teve um acidente vascular cerebral e começou a agonizar, sem deixar de rezar. Oito dias depois, na noite de Natal daquele mesmo ano, partiu para a Casa do Pai.

Alguns meses após o seu sepultamento foram vistas luzes brilhando em sua tumba. Com a autorização das autoridades eclesiais, seu corpo foi exumado e encontrado incorrupto. Exames mais detalhados mostraram que seu corpo transpirava água e sangue como qualquer organismo vivo. Tal notícia espalhou-se e grande número de fiéis acorreu ao mosteiro, buscando a intercessão do santo. Os relatos de curas físicas e espirituais começaram a ser examinados pelas autoridades eclesiásticas.

No dia 5 de janeiro de 1965, na conclusão do Concílio Vaticano II, foi beatificado pelo Papa Paulo VI, sendo a única pessoa beatificada ao final desse concílio. Durante a beatificação, Paulo VI disse:

“Grande é a alegria do Oriente e do Ocidente por este filho do Líbano, flor admirável de santidade, desabrochada na linguagem das antigas tradições monásticas orientais e venerada hoje pela Igreja de Roma”.

O mesmo Papa o canonizaria 12 anos depois, na Cidade do Vaticano, em 9 de outubro de 1977.

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