Pouco se sabe sobre a vida do Bem-aventurado Felipe. Sabe-se apenas que foi sacerdote da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, falecido em Piacenza (Itália), no convento de São Lourenço, no dia 24 de maio de 1306, uma terça-feira de Pentecostes.
O historiador Campi de Piacenza (século XVII) afirma que os escritos que continham a narração das virtudes e milagres dos bem-aventurados se perderam em um incêndio. Há indícios da existência no passado de uma curta Vida do Bem-aventurado e a narração de várias curas que realizou, escritas em pergaminho, mas com essa vida apresentava também personagens mais recentes inspirava pouca confiabilidade.
Com toda a probabilidade, no entanto, a pátria de Felipe era Piacenza. De fato, assim querem crer os historiadores locais, bem como os membros da Ordem Eremita, inclusive o cardeal Girolamo Seripando, que participou ativamente no Concílio de Trento.
Após sua morte, várias curas milagrosas foram atribuídas a ele. Seu corpo descansou e foi venerado por vários séculos, na igreja de San Lorenzo, em uma capela restaurada em 1498.
Em 1808, tendo sido suprimido o mosteiro dos Eremitas e a igreja usada para outros fins, os ossos foram solenemente trazidos para a catedral de Piacenza.
O bispo Scalabrini, em 1884, após o reconhecimento canônico, mandou colocar as relíquias sob o altar dos santos bispos de Piacenza.
O Papa Bento XIII, depois de um julgamento regular “per viam cultus”, inscreveu Filipe no registro dos Bem-aventurados.
O “dies natalis”, celebrado por vários séculos na terça-feira de Pentecostes, agora é lembrado em 24 de maio, com a festa da ordem terceira.