Santa Zita nasceu em 1218 em uma família pobre de Monsagrati, na diocese de Lucca, na região da Toscana, Itália.
A partir dos doze anos de idade trabalhou como empregada doméstica na nobre família dos Fatinelli, em Lucca, onde se estabeleceu até a sua morte. Sempre caracterizada por um forte senso de dever, alegre e humilde de caráter, ela viveu admiravelmente os ideais e as virtudes evangélicas, absorta na contemplação assídua dos mistérios divinos. Soube conjugar a austeridade de vida com uma caridade sempre vigilante para com o próximo mais necessitado. Conta a lenda que outra empregada da família Fatinelli, com inveja do carinho que Zita recebia, começou a insinuar na cabeça de seu patrão a suspeita de que Zita roubava de casa o que dava aos pobres. Um dia, o mestre, encontrando Zita com um avental volumoso, a caminho de uma família carente, perguntou-lhe o que ela trazia no avental. Apesar de estar cheio de pão, Zita respondeu que eram flores e folhas. Pressionada a mostrar o conteúdo do avental, quando Zita o abriu foram flores e folhas que caíram no chão.
Por sua bondade e esforço era frequentemente ridicularizada e até maltratada pelo resto da criadagem, mas nunca se deixou abater nem permitiu que isso alterasse sua calma interior. Aos poucos foi sendo aceita por todos e chegou a ser responsável por toda a administração da casa. Por ocasião de sua morte, ela era praticamente venerada pela família Fatinelli, à qual serviu fielmente por toda a vida.
Faleceu em 27 de abril de 1278, aos 60 anos, juntando-se assim a seu Esposo celestial.
O povo de Lucca queria que seus restos mortais tivessem um sepultamento digno na basílica de São Frediano. O seu túmulo, na basílica de São Frediano, conserva até hoje o seu corpo, que repousa intacto, como foi constatado na sua última exumação, em 1652, e se tornou um lugar de graças e de muitos milagres comprovados e aceitos. Acontecimentos que serviram para confirmar sua canonização. Zita já era tão venerada na Toscana que foi citada por Dante Alighieri na Divina Comédia, pouco depois de sua morte, referindo-se a um magistrado de Lucca dito “ancião de Santa Zita”, identificando assim Lucca com a mulher que ainda não havia sido canonizada pela Igreja.
O Papa Inocêncio XII em 1695 ratificou e confirmou o culto. Em 1955, o Venerável Papa Pio XII, declarou solenemente a virgem “Santa Zita Padroeira junto a Deus das domésticas e de todas as donas de casa”. A santa é titular da congregação feminina das Irmãs Oblatas do Espírito Santo, também conhecida como Instituto de Santa Zita.
Além da Arquidiocese de Lucca, também a Diocese de Massa Carrara-Pontremoli comemora esta santa no dia 27 de abril, pois seu pai é considerado, por tradição, como natural de Borgo di Succisa, no município de Pontremoli, onde ainda hoje existe uma pequena capela erguida em sua homenagem.
Santa Zita
Virgem († 1278)

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