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Santa Zélia Maria Guérin Martin

Mãe de Santa Teresinha do Menino Jesus (†1877)

Luis Martin y Celia Guérin – fr

Public Domain

Santo do dia

Zélia Guérin nasceu em Saint-Denis-sur-Sarthon, França, no dia 23 de dezembro de 1831.
Era filha de militares e foi educada num ambiente disciplinado, severo, muito rigoroso e marcado por certo jansenismo ainda rastejante na França da época. Recebeu uma educação de cunho religioso nas Irmãs da Adoração Perpétua.
Zélia, inicialmente, ajudava a mãe na administração da loja de família. Depois, especializou-se no “ponto de Alençon” numa escola que ensinava a tecer rendas. Em poucos anos os seus esforços foram premiados: abriu uma modesta fábrica para a produção de rendas e obteve um discreto sucesso.
Nutria desde a adolescência o desejo de entrar numa comunidade religiosa, tentou entrar nas Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, mas compreendeu que não era a seu caminho.
O encontro entre Zélia e Luís Martin aconteceu em 1858, na ponte de São Leonardo, em Alençon. Ao ver Luís, Zélia percebeu distintamente que ele seria o homem da sua vida.
Casaram após três meses de namoro. Conduziram uma vida conjugal no seguimento do Evangelho, ritmada pela missa quotidiana, pela oração pessoal e comunitária, pela confissão frequente, pela participação na vida paroquial.
Zélia, com a receita da sua empresa, manteve toda a família, vendendo rendas para a alta sociedade parisiense. Teve nove filhos, quatro dos quais morreram prematuramente. Entre as cinco filhas que sobreviveram, estava Teresa, a futura santa, que nasceu em 1873. As recordações da carmelita sobre os seus pais são uma fonte preciosa para compreender a sua santidade. A família Martin educou as suas filhas para se tornarem, não só boas cristãs, mas também honestas cidadãs. Aos 45 anos Zélia recebeu a terrível notícia de que tinha um tumor no seio. Viveu a doença com firme esperança cristã até à morte ocorrida em Agosto de 1877.
Aos 54 anos, Luís teve que tomar conta sozinho da família. A primogênita tinha 17 anos e a caçula, Teresa, tinha 4 anos e meio. Transferiu-se, então, para Lisieux, onde morava seu cunhado, irmão de Zélia. Deste modo, as filhas receberam os cuidados da tia Celina. Entre os anos de 1882 e 1887 Luís acompanhou as três filhas que entraram no Carmelo. Para ele o maior sacrifício foi afastar-se de Teresa que entrou para as carmelitas com apenas 15 anos.
O casal foi beatificado pela Igreja Católica em 19 de outubro de 2008, em cerimônia realizada na Basílica de Lisieux, dedicada à sua filha Teresa, e presidida pelo cardeal José Saraiva Martins. Foram canonizados em Roma – Vaticano, em 18 de outubro de 2015 pelo papa Francisco em meio ao Sínodo Ordinário dos bispos que tratou do tema da família. Tornaram-se o primeiro casal a ser canonizados juntos na história da Igreja.

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