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São Paulo Hahn

Mártir vietnamita (†1859)

HAPPINESS

Public Domain

Cristo, mesmo na cruz, prometeu o Paraíso ao bom ladrão. Partindo deste princípio, a Igreja nunca excluiu a possibilidade de alcançar a vida eterna para aqueles que, embora não tenham sido exemplares ao longo de toda a sua vida, converteram-se ao Evangelho com graça divina. Um exemplo emblemático neste sentido, próximo a nós, é o de um leigo fiel, vivido e morto pelo ódio à sua fé católica no longínquo Vietnã: São Paulo Hanh.
Nascido em Cho Quan numa família cristã, Paulo se deixou envolver pelo bando de ladrões liderados por seus dois irmãos. É compreensível que dessa forma ele não tenha merecido uma boa reputação, até que um dia ele se arrependeu e disse a seus companheiros que devolvessem o roubo de uma mulher, cuja casa haviam assaltado. Estes, no entanto, se recusaram e, como vingança, delataram-no às autoridades responsáveis por roubos e furtos.
Paulo Hanh foi preso, mas negou as acusações contra ele. No entanto, quando perguntado se era cristão, ele não hesitou em admitir sua fé. Várias vezes convidado a negá-la, mesmo sob tortura pesada, nada conseguiu tirá-lo de sua firmeza: a flagelação, o pinçar de seu corpo com tenazes frias e quentes, e finalmente a decapitação selou seu martírio, por causa do ódio à fé católica, promovida pelo Imperador Tu Duc. Era 28 de maio de 1859. Seus restos mortais foram enterrados no cemitério Cho Quan.
Em 2 de maio de 1909, o Papa São Pio X procedeu à beatificação de um grupo de mártires Annamitas, incluindo Paulo Hanh, e em 19 de junho de 1988, João Paulo II canonizou todos os 117 mártires de terras vietnamitas, cuja festa comum é celebrada em 24 de novembro.

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