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Santa Jacinta Mariscotti

Religiosa (†1640)        

GIACINTA

Public Domain

Clarice Mariscotti Orsini nasceu dia 16 de março de 1585, em Vignanello, na região do Lácio, Itália. Seu pai Marcantonio Mariscotti era o Conde de Vignanello e sua mãe Ottavia Orsini. Estava ligada, por parentesco, com os príncipes Orsini.

Ainda menina, foi entregue pelos pais a religiosas franciscanas, em cujo convento pouco antes tinha ingressado a irmã mais velha de Jacinta, de nome Inocência, e que levou uma vida santa. No entanto, Jacinta considerava-se uma jovem bonita, instruída, nobre e aspirava a um casamento brilhante, por isso voltou para casa. Seus pais ficaram altamente preocupados com a conduta mundana e o futuro cristão de Jacinta. Jacinta acedeu, então, a certa insistência dos pais para que reingressasse na vida religiosa. Vestiu o hábito, trocou o nome de Clarice por Jacinta. Infelizmente levou para o convento muitas de suas vaidades, ornamentou seu quarto como duma princesa, tornando-se assim escândalo naquele meio simples e ascético. Passou assim vários anos na displicência espiritual, numa rotina fria, sem vida, sem amor.

Deus, porém, tinha marcado o momento certo da conversão. A isto concorreram dois fatos: o primeiro foi o assassinato do pai e uma grave doença que a levou às portas da morte. Este perigo lhe descortinou seu triste estado espiritual, sua infidelidade à graça de Deus. Pediu, então, um padre para confissão, mas o confessor recusou-se a entrar no quarto de Jacinta, tão provocadoramente contrastante com a pobreza religiosa. Perante a recusa do confessor, Jacinta mandou tirar do quarto todo sinal de luxo ou vaidade, e depois fez, entre lágrimas sinceras, uma confissão geral de toda sua vida. Curada quase milagrosamente, Jacinta manteve sua promessa de conversão radical, mudou seu hábito de seda por uma tosca saia, escolheu a cela mais pobre e apresentou-se em público pedindo perdão dos maus exemplos, praticando uma severa disciplina na frente de todas as religiosas. Contava Jacinta trinta anos, e a transformação foi tão profunda e duradoura que, em pouco tempo, tornou-se modelar. Renunciou a seus títulos de nobreza, querendo ser chamada só Jacinta de Santa Maria.

Contra sua vontade, foi eleita mais tarde mestra das noviças e superiora do convento. Oferecia suas prolongadas orações e severas penitências em favor dos pecadores, a fim de obter-lhes a conversão. Assim conseguiu converter muitas pessoas, das quais algumas chegaram a fundar instituições religiosas, confrarias, etc. A ela recorriam pessoas de toda parte para direção espiritual, para pedir-lhe orações.

Foi Jacinta uma santa que se converteu no convento!

Faleceu em 30 de janeiro de 1640, aos 55 anos de idade. Quando a notícia de sua morte se espalhou por Viterbo a comoção foi geral e o funeral foi acorrido por imensa multidão.  Foi beatificada em 1762 por Benedito XIII. No dia 24 de maio de 1807 foi canonizada pelo Papa Pio VII. O corpo da santa encontra-se no Mosteiro das Franciscanas, em Viterbo, e ainda permanece incorrupto.

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