Aleteia logoAleteia logoAleteia
Sábado 20 Abril |
Aleteia logo
Oração do dia
Festividade do diaHistórias de Santos

Bem-aventurada Lindalva Justo de Oliveira

Religiosa e mártir

WOMAN

Public Domain


Nascida em 1953, em uma área brasileira muito pobre do estado do Rio Grande do Norte, sexta filha dos treze nascidos de Maria Lúcia de Oliveira, que se casou com o camponês João Justo da Fé, viúvo com três filhos, em tenra idade. Seus pais foram seus primeiros catequistas: o pai, quando pode, lê a Bíblia para os filhos e faz pequenos comentários. Quando criança, Lindalva se caracteriza por uma religiosidade um pouco mais pronunciada, por maior sensibilidade, por uma atenção particular às crianças e aos pobres, mas nada que fosse muito relevante. Ela estuda, vai buscar frutas e legumes em seu tempo livre para ajudar em casa e, depois de se formar em 1979, faz o trabalho em algumas lojas e no caixa de um posto de gasolina. Em sua juventude, começou a ser voluntária no instituto para idosos dirigidos pelas freiras vicentinas, pois a paixão que ela sentira quando criança pelos pobres e doentes ainda não havia se extinguido. Nesse ínterim, seu pai, corroído por um câncer particularmente doloroso morre em 1982: Lindalva, que havia deixado seu emprego para ajudá-lo nos últimos meses como uma afetuosa enfermeira, ficou impressionada com essa morte exemplar, que a deixou com mil perguntas sobre o significado da vida e a necessidade de bem usá-la. E é precisamente disso que amadurece a decisão de fazer dos pobres sua escolha de vida. Em 1986, começou a participar assiduamente dos encontros vocacionais dos vicentinos, enquanto cursava enfermagem e aprendia a tocar violão, como se quisesse dizer que, para ela, a competência profissional deve andar de mãos dadas com alegria. Um ano depois, ela entra no Postulado das Filhas da Caridade, com a intenção de “transbordar de alegria e desejo de ajudar os outros” e, em 1989, inicia o noviciado em Recife. Em janeiro de 1991, ela começa seu serviço em um hospital para idosos. Vive feliz, no serviço ao próximo. Apenas uma sombra perturba sua felicidade: as atenções cada vez mais explícitas que Augusto da Silva Peixoto, um paciente de quarenta e seis anos reserva para ela. Naturalmente, ela rejeita caridosamente, mas também com muita firmeza todas as insinuações desse homem. Em 9 de abril de 1993, Sexta-feira Santa, depois de ter feito a Via-Crúcis pelas ruas da cidade, enquanto servia café aos idosos, ela é atacada por trás por Antônio, que tomado de ciúme pela rejeição de irmã Lindalva a massacra com 44 facadas. “Fiz o que tinha que fazer porque ela nunca me quis”, ele dirá aos policiais que o prenderam. Para a irmã Lindalva, por outro lado, começam os dias de glória, pois o povo a reconhece como mártir. Seu processo de canonização começou no ano 2000 por aclamação popular, sete anos após sua morte. Em 2007, Papa Bento XVI a proclamou Bem-aventurada. A memória litúrgica da Bem-aventurada foi estabelecida pela Congregação em 7 de janeiro, o dia do seu batismo, em vez de 9 de abril, o dia da sua morte.

Descubra outros santos clicando aqui

Top 10
Ver mais