Padre Tito nasceu na Eslováquia, próximo da cidade de Bratislava, no dia 4 de janeiro de 1915. Foi o primeiro de uma família de dez filhos. Seus pais eram agricultores e, seu pai, desempenhava a função de sacristão. Teve uma infância difícil, pois até os dez anos de idade vivia quase sempre num estado doentio. Aos dez anos de idade e mediante uma promessa à Nossa Senhora, miraculosamente se sentiu curado, e a partir daquele momento decidiu ser para sempre um “filho de Nossa Senhora”, tornando-se sacerdote salesiano. Em 1931 entra no noviciado e, no ano seguinte, emite seus votos temporários. Em 1938 faz seus votos solenes e dois anos depois, recebe a ordenação presbiteral. Logo após o triste período da Segunda Guerra Mundial, o mundo foi dividido em dois grandes blocos. A Tchecoslováquia foi absorvida pelo regime comunista e, como tal, começou uma perseguição contra tudo aquilo que ia contra o regime, principalmente o cristianismo. Padre Tito, que desempenhava seu ministério sacerdotal nesse país, tomou o partido da defesa pública do cristianismo: defendia a presença do crucifixo nos ambientes públicos. Por esse motivo, será despedido da escola onde lecionava. Na noite entre 13 e 14 de abril de 1950, Padre Tito conseguiu fugir milagrosamente da perseguição da polícia secreta, que nessa noite invadiu os conventos e igrejas aprisionando com extrema violência os religiosos que encontrava. Diante da perseguição, outro jovem salesiano – Padre Ernest Macak – decidiu que o melhor era passar ilegalmente a fronteira austríaca e enviar em segurança os jovens clérigos da Congregação para Turim, assim poderiam terminar os estudos. Padre Tito se encarregou de realizar essa arriscada empresa: organizou uma expedição que foi bem-sucedida; em seguida outra: trinta jovens salesianos conseguiram atravessar a fronteira. Na terceira, ele e outros foram presos. Durante os vários interrogatórios, Padre Tito foi brutalmente espancado, chegando a ter alguns dentes quebrados. Outros religiosos passaram pelo mesmo processo. Ao ver que ninguém falaria, Padre Tito, com a finalidade de liberar seus companheiros, toma uma atitude: chama para si a total responsabilidade de organizar a travessia clandestina. Por dois anos viveu uma tortura constante: por vezes traziam um balde cheio de excrementos e nele mergulhavam sua cabeça até que sufocasse. Durante o sufocamento, o cobriam de chutes e golpes de cassetete. Seus cabelos se embranqueceram totalmente. Por doze anos esteve preso: durante esse período foi condenado a trabalhos forçados nas minas de Urânio. Em seguida foi liberto, mas era constantemente vigiado. No dia 8 de janeiro de 1969 após um tríplice infarto e ter sido tratado como “cobaia humana” – o Estado deliberou que ele deveria receber um tratamento de saúde experimental – Padre Tito morreu com os braços abertos, como Jesus na cruz. Imediatamente entre os fiéis, Padre Tito foi reconhecido como um mártir de Cristo perante um regime totalitário.
Bem-aventurado Tito Zeman
Sacerdote salesiano, mártir (†1969)

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Santo do dia