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A depressão e o (re)encontro com o sentido da vida

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Talita Rodrigues - publicado em 01/07/19
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Se você está naquele momento em que a gente só enxerga o mundo em uma escala de cinza, busque por sua alma perdida

Vejo e percebo muitas pessoas vítimas da depressão. Pode-se dizer que a depressão tem sido o mau do século XXI e que é caracterizada como uma doença psiquiátrica crônica, que produz uma alteração de humor marcada pela tristeza profunda, pela desesperança e pela falta de sentido.
A depressão bate à porta de qualquer um, e comigo não foi diferente.
Após o término doloroso de um noivado, me vi mais uma vítima da tão temida depressão. Meus dias já não tinham mais cor, uma boa notícia não alterava meu humor e o sentimento de desesperança e falta de prazer se tornaram recorrentes. Meus dias se resumiam apenas em realizar as obrigações e sentir uma profunda tristeza.
Eu não sentia alegria, não sentia paz, não sentia amor e não sentia esperança.  Perdi minha fé, logo, perdi o sentido de viver.
Dentro da psicologia analítica, trabalhamos com a “falta”, e ,como consequência, em como recuperar a nossa “alma” perdida em algum momento de nossa história.
“Alma”, como já escrevi em outros textos, significa tudo aquilo que nos torna completos, felizes e esperançosos. É a própria alma que nos dá o sentido de viver.
A necessidade de buscar pela minha alma perdida foi justamente o que me possibilitou saber sobre qual era o meu sentido de viver. O deserto – referindo-me a um contexto católico – é o que faz com que nos aproximemos de quem nós somos realmente. Foi no meu deserto, quando eu não conseguia sentir absolutamente nada, que encontrei Deus e me dei conta que só o Seu amor e Sua graça me bastavam. A partir de então, só então, fui feliz novamente.
Se você também está passando por um deserto e enxerga o mundo em uma escala de cinza, seja corajoso e busque por sua alma perdida. Com sua coragem, no meio do caminho, tenho certeza de que (re)encontrará o seu sentido de viver.
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