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“Deixemos a mãe descansar”: o presépio que comoveu o Papa

NATIVITY
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Kathleen Hattrup - Reportagem local - publicado em 19/12/19
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Que pai ou mãe não se identifica com a imagem? O Papa Francisco disse que, em seu aniversário, em 17 de dezembro, ele viu uma imagem de um presépio diferente, chamada de “Deixemos a mãe descansar”. Na representação, que está circulando nas mídias sociais, Maria dorme enquanto José segura o Menino Jesus.

O Papa disse que a imagem mostra “a ternura de uma família, de um casamento”:

“Quantos de vocês têm que dividir a noite entre marido e mulher pelo menino ou menina que chora, chora e chora”, refletiu.

Esta é, precisamente, a mensagem do presépio, explicou o Papa, acrescentando:

“E também podemos convidar a Sagrada Família para o nosso lar, onde há alegrias e preocupações, onde todos os dias acordamos, comemos e dormimos perto de nossos entes queridos. O presépio é um evangelho doméstico.”

Tradição dos presépios

Este ano, Francisco enfatizou a importância de manter a tradição dos presépios. Ele viajou para Greccio, onde São Francisco criou o primeiro presépio vivo e lançou uma carta apostólica que fala sobre o simbolismo e o propósito das representações do nascimento de Jesus.



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O pontífice também visitou uma exibição de 100 presépios de todo o mundo, que acontece no Vaticano.

Em uma Audiência Geral, ele lembrou que o presépio é uma maneira “simples, mas eficaz” de preparar nossos corações para o nascimento de Jesus.

“De fato, o presépio é como um evangelho vivo (Carta Apostólica Admirabile signum, 1). Traz o Evangelho para os lugares onde se vive: para as casas, escolas, os locais de trabalho e de reunião, hospitais, asilos, prisões e praças.

E lá, onde moramos, isso nos lembra algo essencial: que Deus não permaneceu invisível no céu, mas veio à Terra, tornou-se homem, criança.

Montar o presépio é celebrar a proximidade de Deus. Deus sempre esteve perto de Seu povo, mas quando Ele encarnou e nasceu, Ele estava muito próximo, muito próximo.

Montar o presépio é redescobrir que Deus é real, concreto, vivo e respira. (…)

Algumas imagens retratam a Criança de braços abertos para nos dizer que Deus veio abraçar nossa humanidade.

Por isso, é bom estar na frente da manjedoura e ali confiar nossa vida ao Senhor, conversar com Ele sobre as pessoas e situações com as quais nos preocupamos, fazer um balanço do ano que está chegando ao fim, compartilhar com Ele as nossas expectativas e preocupações.”

As palavras do Papa nos lembram a importância de parar um pouco para refletir.  Somente se deixarmos o barulho do mundo fora de nossas casas, nos abriremos para ouvir Deus, que fala em silêncio.

Espero, então, que, ao montarmos o presépio, encontremos uma oportunidade de convidar Jesus para a nossa vida. É como abrir a porta e dizer: “Jesus, entre!”. É preciso tornar tangível essa proximidade, este convite a Jesus para entrar em nossas vidas. Porque se Ele habita em nossas vidas, a vida renasce. E se a vida renasce, é realmente Natal.

Feliz Natal a todos!

 

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