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Entenda como se formam os discípulos missionários

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Padre Reginaldo Manzotti - publicado em 05/10/20
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A santa missa tem papel fundamental nessa formação

Neste artigo vamos abordar o nosso compromisso batismal de discípulos missionários. Outubro é o mês dedicado às missões. 

Mas como, então, se formam os discípulos missionários? No encontro pessoal e comunitário com Cristo. E a Eucaristia é o ponto alto e o ápice da evangelização. A participação na Celebração Eucarística, portanto, forma-nos na escola de Jesus. Porém, muitos não valorizam a Santa Missa, não aproveitam esse dom da presença de Jesus, porque não compreendem a estrutura da celebração.

A missa

Recebo partilhas de pessoas dizendo que não gostam de ir à missa. Acham que é sempre a mesma coisa, uma repetição, uma “chatice”. Digo, entretanto, que é preciso conhecer cada parte, cada gesto e entender o seu significado para perceber a beleza dessa liturgia.

Missa é uma palavra que vem do latim e significa “missão”. A antiga despedida na Missa em latim: “Ite missa est”, significa “Ide esta é a missão” ou “Ide, a Missa está terminada”. É, então, o envio para vivermos a nossa missão no mundo.

A missa é simultaneamente sacrifício de louvor e de ação de graças. É o memorial da paixão, da morte e da ressurreição do Senhor Jesus. Desde o seu início até a bênção final ela é importante. Por isso a necessidade de se chegar antes de seu começo e só sair depois da bênção final.

Mas para entender a Santa Missa é necessário perceber também que o nosso corpo “reza”. Ele expressa um louvor visível a Deus através dos seguintes gestos, postura e atitudes:

Gestos e posturas na missa

– Sentados: é uma posição cômoda que favorece a catequese e a meditação sobre a Palavra que está sendo recebida;

– Em pé: demonstramos respeito e consideração, indicando prontidão e disposição para obedecer;

– Ajoelhados: declaramos nossa adoração e total submissão a Deus e à Sua vontade;

– As mãos levantadas: significam súplica e entrega a Deus. É a atitude dos orantes;

– As mãos juntas: significam recolhimento interior. Mostra fé, súplica e confiança. É atitude de profunda piedade;

– Prostração: é atitude de adoração na Celebração da Sexta-Feira Santa. Na ordenação presbiteral é a atitude própria de quem se consagra a Deus, significa morrer para o mundo e nascer para Deus em uma nova vida e nova missão;

– Genuflexão (ato de flexionar os joelhos): é um gesto de adoração a Jesus Eucarístico. Fazemos diante do Sacrário;

– Reverência: feita de pé, abaixando-se a cabeça, é atitude de veneração ao altar. Então, ao entrarmos na Igreja se o Sacrário estiver localizado no eu interior fazemos a genuflexão em sua direção; se não estiver, reverenciamos o altar;

– O silêncio: ajuda o aprofundamento nos mistérios da fé. Fazer silêncio também é necessário para interiorização e meditação.

Portanto, na próxima celebração que participar perceba cada gesto e postura e os seus significados e importância. 

O depois da missa

Mas um dos maiores gestos e de grande importância é o depois de cada celebração. Devemos voltar ao nosso ambiente levando o próprio Jesus em nosso sacrário interior. Temos a missão de testemunhá-Lo, anunciá-Lo e irradiar a Sua luz.

Que possamos, então, viver em nosso dia a dia aquilo que celebramos. Ou seja: louvando a Deus por tudo que somos e temos, acolhendo, perdoando como somos perdoados; vivenciando e anunciando a Palavra com gestos e atitudes concretas ao que Deus nos pede.

Conclusão: sejamos no mundo discípulos missionários promotores da paz, da igualdade, da fraternidade, da partilha, da justiça e do serviço de doação.

Padre Reginaldo Manzotti



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