O jejum e a abstinência estão entre os mandamentos da Igreja. Mas qual é a diferença entre essas práticas? O quarto mandamento da Igreja discorre sobre o jejum e a abstinência. Diz ele: “Jejuar e abster-se de carne conforme as determinações da Igreja.”
E, durante a Quaresma, a Igreja recomenda o jejum e a abstinência. Entretanto, muitos fiéis ainda têm dúvidas sobre esses sacrifícios.
Então, vamos tentar esclarecer.
O jejum
O jejum consiste no sacrifício de renunciar às refeições normais, limitando-as ao básico. Não é preciso ficar apenas no pão e na água: pode-se fazer uma refeição principal (almoço ou jantar) e comer um pouco nas outras duas, desde que as duas juntas não equivalham a uma refeição completa. Esta é a sugestão mais recomendável, segundo a prudência, a quem não está acostumado a jejuar, pois um jejum mais radical pode ser prejudicial à saúde.
A abstinência
Já a abstinência consiste em não comer carne de animais de sangue quente, nem molhos ou sopas à base dessas carnes. Por isso é que o pescado é permitido em sua substituição.
Em resumo: o jejum nada mais é do que fazer uma só refeição forte ao dia. Por outro lado, a abstinência é ficar sem comer carne.
Obrigatoriedade do jejum e da abstinência
É preceito na Igreja Católica o jejum na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa, apenas. Da mesma forma, a abstinência também é obrigatória nessas duas datas, mas se estende a todas as sextas-feiras do ano, a não ser que elas coincidam com alguma solenidade.
Entretanto, as conferências episcopais, com autorização da Santa Sé, podem estabelecer alterações à regra de acordo com as realidades locais. No Brasil, por exemplo, é possível substituir a abstinência pela participação na Santa Missa ou pela realização de obras de caridade, ações piedosas e exercícios devocionais.
Mas atenção: o jejum só é obrigatório para os fiéis entre 18 e 60 anos. Já a abstinência, para os devotos com mais de 14 anos. As exceções são as grávidas, lactantes e pessoas com problemas de saúde.
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