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Incenso na Igreja: o que significa e por que é usado?

Cardeal Nichols usando incenso na liturgia
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Francisco Vêneto - publicado em 29/04/21
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Entre seus vários simbolismos, ele representa a realidade celestial da Missa, que é um encontro entre o Céu e a terra

O incenso na Igreja: o que significa e por que é usado? Em sua rede social, o pe. Gabriel Vila Verde resumiu:

De fato, o culto público da Igreja contém vários elementos sensíveis, isto é, que envolvem os nossos sentidos físicos.

    Pois bem, o incenso é o elemento sensível que mais diretamente o envolve, embora a função principal do incenso não seja a de gerar "sensações olfativas" nos fiéis e sim a de simbolizar a sacralidade do que é incensado. Ainda assim, é fato que o aroma do incenso é profundamente marcante e ajuda a envolver todos os nossos sentidos durante a celebração da liturgia, elevando a nossa mente a Deus.

    A respeito do papel dos sentidos na liturgia, o Catecismo da Igreja Católica ensina em seu número 1146:

    RUSSIA,CATHOLIC

    Em artigo para a edição de Aleteia em inglês, Philip Kosloski informa que o incenso já era um elemento importante dos cultos religiosos da antiguidade, incluindo o culto judeu ao Deus Único. No Tabernáculo e no Templo, de fato, o próprio Deus ordenou que fosse construído um "altar de incenso". De acordo com Êxodo 30,8, Ele mandou o sumo sacerdote Aarão queimar "incenso perpétuo perante o Senhor ao longo de suas gerações".

    Uma célebre frase dos Salmos (141,2) também destaca essa tradição: "Suba a minha oração perante a tua face como o incenso, e as minhas mãos sejam levantadas como o sacrifício da tarde". O Novo Testamento registra claramente a adoção do incenso pelos cristãos: no Apocalipse (8,4), São João descreve que "a fumaça dos perfumes subiu da mão do anjo com as orações dos santos, diante de Deus".

    A Igreja Católica, em resumo, preserva a tradição do incenso como elemento de profundas raízes espirituais que simboliza há milhares de anos a adoração a Deus. Além disso, ele representa a elevação das nossas orações a Deus e, principalmente, a realidade celestial da Santa Missa, que é um encontro entre o Céu e a terra.