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Refugiados enfrentam o perigo do tráfico de pessoas nas fronteiras com a Ucrânia

Matka przekracza z dziećmi polską granicę
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Ricardo Sanches - Vatican News - publicado em 16/03/22
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Mulheres sozinhas e crianças são alvos dos criminosos que abastecem os tenebrosos esquemas de prostituição e comércio de órgãos

O número de refugiados da guerra na Ucrânia já ultrapassou os 3 milhões, segundo a ONU. E não bastasse a situação de tristeza e vulnerabilidade, essas pessoas ainda têm que enfrentar outro perigo: o tráfico de pessoas.

De fato, as mulheres sozinhas ou com crianças - maioria entre os refugiados - são alvos fáceis dos traficantes. Segundo autoridades locais, os criminosos estão rondando, principalmente, as fronteiras da Romênia e Moldávia. Foi o que informou uma reportagem do Vatican News.

Há muita gente idônea tentando ajudar os refugiados nas fronteiras. Entretanto, os traficantes se infiltram nestes locais e se aproveitam da situação de desespero e fragilidade de quem está fugindo da guerra e só quer um lugar seguro para ficar. Muitas mulheres acabam caindo na lábia dos criminosos e nas falsas promessas de ajuda e acolhida.

Os destinos do tráfico são a prostituição e o comércio de órgãos.

A Igreja e o combate ao tráfico de pessoas

O perigo do tráfico de mulheres foi denunciado pelo cardenal Michael Czerny, que esteve na fronteira da Ucrânia a pedido do Papa Francisco. O prelado disse que recebeu informações "de que traficantes tentam sequestrar refugiadas ucranianas na Polônia e introduzi-las nas redes de prostituição na Alemanha, Dinamarca e nos Países Baixos".

O Pe. Cesare Lodeserto, vigário episcopal em Chisinau, Moldávia, informou ao site do Vaticano que a Igreja local está tentando combater o flagelo do tráfico de pessoas nas fronteiras. "A estrutura que criamos é dirigida por dois sacerdotes, um dos quais é de língua russa, para proporcionar uma abordagem ainda mais direta, além da presença de um psicólogo e um mediador. Estas são pessoas que acompanham os refugiados em todas as suas necessidades, falamos de documentos e de viagens", explicou.

O vigário ainda acrescentou: "Houve casos de mulheres que foram abordadas, há indivíduos italianos e europeus aqui e estamos tentando dificultar tudo isso especialmente através da informação."

Com informações de Vatican News