A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) divulgou no último dia 22 de novembro o seu relatório anual sobre a situação da liberade religiosa no mundo, apontando que, na atualidade, o radicalismo do islã e o comunismo continuam sendo as causas principais de perseguição a cristãos em todo o planeta.
O relatório "Perseguidos, mas não Esquecidos", que chegou à sua 8ª edição, cobre o período de outubro de 2020 a setembro de 2022, enfatizando a situação de 24 países que mais violam a liberdade religiosa. Os continentes mais problemáticos são a África e a Ásia, e, no caso deste último, com destaque negativo para o Oriente Médio.
A perseguição aos cristãos se intensificou em 75% dos países pesquisados.
África
Drástica piora foi registrada na Nigéria, onde mais de 7.600 cristãos foram assassinados só entre janeiro e junho de 2022 - o que representa a espantosa média de 1.266 cristãos assassinados por mês, em direta decorrência de perseguição religiosa.
O país vive uma longa onda de ataques do grupo fanático jihadista Boko Haram. Ainda assim, assombrosamente, o governo dos Estados Unidos retirou a Nigéria da sua lista de "Países de Preocupação Especial" no tocante à liberdade religiosa, o que deixou o episcopado nigeriano estarrecido e indignado.
Outros grupos terroristas adeptos do islã radical, que assolam países da África e do Oriente Médio, incluem o Al-Shabab e as células remanescentes do famigerado Estado Islâmico.
Ásia
Na Ásia, o regime comunista da Coreia do Norte continua ocupando o primeiro lugar entre os piores perseguidores religiosos, incluindo prisões em massa, escravidão em campos de concentração, assassinatos sumários, abortos forçados e infanticídios. A China continua sendo um grave destaque negativo em termos de opressão religiosa, o que é particularmente preocupante em se tratando de uma potência mundial.
Entre vários outros países da Ásia, também se destacam muito negativamente pelas graves violações à liberdade religiosa o Afeganistão, submetido há mais de um ano à brutal reconquista dos talibãs, e o Paquistão, com as suas aplicações arbitrárias e descaradamente manipuladas da lei islâmica "antiblasfêmia", que condena facilmente cristãos à morte com base em acusações que sequer precisam ser comprovadas.
O continente asiático ainda apresenta o caso de Mianmar, antiga Birmânia, cujo regime militar imposto após o golpe de Estado de 2021 também se mostra ferrenhamente violento contra os cristãos.
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