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Padre brasileiro aponta prós e contras do filme “O Exorcista do Papa”

Russell Crowe e o padre exorcista Gabriele Amorth

Russell Crowe | Padre Gabriele Amorth

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Reportagem local - publicado em 16/06/23
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O pe. Francisco Amaral menciona pontos fortes e fracos da produção inspirada na vida do padre exorcista Gabriele Amorth

O que pensar deste novo filme? Quem for assistir pensando que vai ver algo profundamente sóbrio, como “A Paixão de Cristo” ou “Terra de Maria”, certamente vai se decepcionar.

Apesar de não ser nada assustador, comparando com histórico do cinema, contém o mesmo problema dos filmes de terror clássicos: mostrar de maneira sensacionalista o mal tendo um poder que na realidade ele não tem, pois o demônio só pode fazer o que Deus e os anjos permitem, em situações muito específicas, e nada mais do que isso.

Além disso, o filme é marcado pelos infelizes elementos comuns nas produções “hollywoodianas”: cenas de sensualidade totalmente desnecessárias, distorções históricas (no caso, sobre a inquisição), o que faz com que, mesmo dentro da perspectiva de filme de fantasia, não possa ser indicado para qualquer pessoa assistir.

Por outro lado, o filme tem uma mensagem central profundamente católica. A história é baseada na vida do Pe. Gabriele Amorth, que foi certamente o maior exorcista do século XX, e escreveu muitos "livros bons" (quem assistiu, vai entender a referência).

A Igreja é apresentada como tendo a missão de vencer o poder das trevas, mostrando também que os pecados dos membros da Igreja é que dão as brechas para o mal triunfar temporariamente. Tudo isso é mostrado juntamente com o poder das orações em latim, a Medalha de São Bento, a Medalha Milagrosa, o temor do demônio pela Virgem Maria e o quanto o Sacramento da Confissão o esmaga. E com uma referência positiva, indireta, mas inegável, ao Cardeal Sarah.

Na pior das hipóteses, vai fazer o Pe. Gabriele conhecido, e consequentemente, fazer conhecidas as aparições de Medjugorje, das quais ele foi a autoridade espiritual que mais defendeu. E os livros dele são bons.

Pe. Francisco Amaral, via Facebook